Comida de luxo em doses grandes em Viana do Castelo

Numa sala que mergulha na praia do Cabedelo, junto à foz do rio Lima, em Viana do Castelo, pratica-se uma cozinha de autor em doses para desportistas. O restaurante do FeelViana hotel vale a pena por si só. Veja mais na galeria.

Há cerca de um ano, o chef Paulo André mudava de vida para criar uma cozinha de assinatura num novo hotel de Viana do Castelo. O hotel, o FeelViana, era um lugar especial desde a sua configuração que se assemelhava a uma construção de madeira sobre estacas, todo virado ao pinhal do Cabedelo e direcionado para os amantes dos desportos de mar e do ar livre. Um hotel de luxo muito pragmático, sem cerimónias e cheio de confortos informais. Este era o contexto que o chef abraçou e que lhe permitiu duas coisas – ficar perto da família e ter mais liberdade criativa.

Depois de um primeiro ano no qual experimentou as suas ideias e testou a adesão do público (entre os hóspedes do hotel e o público só do restaurante,que é agora cerca de um quarto do total), chega agora a segunda carta, com mais certezas e mais arrojo nos pratos e escolha de produtos. A base, contudo, é a mesma: «Aprimoramos um bocadinho o empratamento, a equipa está mais madura. Mas não temos um conceito gourmet, as nossas doses continuam grandes», refere o chef. E essa é a grande atração deste restaurante, que faz com que não se tenha pressa de sair daquela sala calorosamente decorada com muita madeira e com as paredes de vidro a fazer-nos mergulhar na paisagem – os pratos são elegantes como convém a um espaço de cozinha de autor, mas as doses são aptas para desportistas com sadio apetite.

 

 

A carta é um elogio ao mar e à estação, com o chef a fazer algumas escolhas menos convencionais, como a ausência do bacalhau da lista de peixe, e a sua inclusão nas entradas, num tártaro tépido (e ainda nos pratos da Taberna). Vilacondense a morar na Póvoa de Varzim, e com o trabalho junto à foz do rio Lima, conseguiu empratar todas essas relações com o mar. Truta do rio Lima com risoto de limão e crocante de bacon, pargo do nosso mar com tomate e toucinho bísaro e arroz cremoso de bivalves e gambas com robalo do mar e salicórnia são três das cinco propostas da carta, a que se juntam um prato de polvo e uma feijoada de chocos e camarão.

Na carne, viaja-se de um tradicional rojão de porco bísaro com arroz de sarrabulho (já que estamos na terra dele) para um prato de veado na sertã, com timbale de cenoura, espinafres salteados e molho de cereja, entre outras propostas. E além das carnes fortes da época, há uma oportuna oferta vegetariana e um menu infantil.

Pode-se pensar que o conceito de doses generosas serve bem a ideia de partilha, mas para isso há ainda outra opção. Na Taberna, mesmo ao lado da sala do restaurante, um espaço a lembrar um tasquinho de pescadores, há uma longa carta de petiscos também criados pelo chef para comer a qualquer hora, do almoço até à noite – e onde cabem tanto alheiras, iscas e favas como smothies e saladas.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 

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