O painel de azulejos, qual manta de retalhos, poderia ter sido ali colocado hoje, mas remonta, pelo menos, a 1900, ano de fundação da Bernardino Francisco Guimarães. É a peça que marca o novo espaço da conhecida loja de ferragens na Baixa do Porto. O Pátio Bonjardim abriu em outubro, tem interior e exterior, e serve refeições ligeiras no horário de funcionamento da casa-mãe.
«Tentamos acompanhar as tendências. Evoluímos para a decoração e para os móveis em segunda mão e, agora, esta cafetaria é a cereja em cima do bolo», conta Alexandra Oliveira, quarta geração da família e quem gere, com a mãe e uma tia, a loja.
No Pátio, tem como sócia a prima Marta Bessa. «Foram muitos os clientes que nos desafiaram. Porque não? Faz sentido», concretiza. O pátio já tinha sido um armazém de stocks e há cinco anos que acolhia os encontros da família – que ainda vive por cima da loja –, ao fim de semana.
«Tudo o que está na lista pode ser servido a qualquer hora do dia. Das tostas – chamamos-lhes “dobradiças” – às tábuas para picar, passando pelos bolos caseiros e pelos chás frios», enuncia, por seu turno, Marta Bessa. As tostas em pão alentejano e os bolos à fatia estão em destaque na carta que a irmã nutricionista, Mariana, elaborou. Há a tosta de presunto, a de frango, a de salmão e a vegana. E entre os bolos que são receita de família há o de cenoura com cobertura de chocolate, o de noz e marmelada, e o de iogurte com framboesa.
A mobília foi reciclada ou saiu da loja (e, nesse caso, continua à venda) e por todo o lado há apontamentos de ferragens. O pátio propriamente dito é acolhedor, abrigado e, garante Alexandra, «muito soalheiro à hora do almoço». Para aquecer o corpo quando o outono chegar.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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