Ecopista do Dão
A todo o vapor ou só a contemplar
A Ecopista do Dão, a mais longa do país, atravessa três concelhos, num misto de reaproveitamento da antiga linha de comboio. Convém ir com tempo para mergulhos e bons pratos regionais.
Os incêndios de 2017 causaram estragos na Ecopista do Dão, mas já se pode percorrer em segurança os seus 49,2 quilómetros, distribuídos pelos concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, num misto de reaproveitamento da antiga via férrea. É que, no ano passado, foram repostos piso, guardas e sinalética neste corredor pintado de vermelho, verde e azul, consoante o município. O equipamento, rodeado de paisagens florestais, agrícolas e de montanha, foi inaugurado em 2011 e, dois anos depois, conquistou o Prémio de Excelência na VI Edição de Prémios Europeus de Vias Verdes.
Na segunda metade do caminho, entre os quilómetros 26,8 (Naia) e 49,2 (Santa Comba Dão), é-se acompanhado pelos rios Dinha e Dão. Não faltam, pois, pretextos para dar um mergulho, além de repor energias à mesa e apreciar as vistas – por exemplo, na Ponte do Granjal, em ferro, já na albufeira da Aguieira. Esta que é a mais longa ecopista do país começa em Viseu e termina sob a linha férrea da Beira Alta, junto à estação de Santa Comba Dão (Vimieiro), com os comboios novamente no horizonte. CF
Ao redor
Espaço fluvial de lazer da Pena
Não é uma praia fluvial oficial, mas fica difícil não ir a banhos. O espaço fluvial de lazer da Pena, colado à ecopista e à localidade de Nagosela (Santa Comba Dão), atrai ciclistas e famílias que ali passam o dia entre mergulhos, piqueniques e apanha de bivalves. Quando chega o calor, “vem para aqui muita gente, traz-se a merenda e dorme-se a sesta”, descreve Vítor Júlio, frequentador habitual do espaço. (Fotografia: Maria João Gala/GI)
Restaurante 3 Pipos
João Cavaleiro e António Miranda são os sócios deste restaurante de comida regional, com 28 anos, que tanto serve petiscos como pratos mais robustos. O polvo com migas e o cabrito à casa, por exemplo, são duas especialidades da cozinheira Maria de Jesus que já têm lugar cativo na ementa. O 3 Pipos nasceu numa antiga adega e hoje conta com cinco salas e uma esplanada. Fica em Tonda (Tondela), a um par de quilómetros da ecopista, mas vale bem o desvio. (Fotografia: Fernando Marques/GI)
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Pista Ciclopedonal de Mira
Entre floresta e cheiro a maresia
Em perto de 30 quilómetros de Pista Ciclopedonal, sempre plana, cabem árvores, campos agrícolas, lagoas, caniçais, moinhos e dunas. Um caminho refrescante, que tanto permite observar pássaros como ir a banhos no mar.
A Pista Ciclopedonal de Mira é muito democrática: por ser toda plana, pode ser percorrida por qualquer pessoa. Surgiu há 20 anos, com um primeiro troço entre a Lagoa e a Praia de Mira; entretanto, foi sendo alvo de ampliações e melhoramentos (para recuperar dos incêndios e também do desgaste provocado pelo uso e pelas raízes das árvores), e hoje tem aproximadamente 30 quilómetros marcados por paisagens diversificadas. Num passeio pela ciclovia, do cais do Areão quase até à localidade de Ermida, encontra-se dunas, floresta, campos agrícolas, lagoas, caniçais e até moinhos de água.
Quem quiser refrescar-se tem acesso às praias de Mira e Poço da Cruz, e os interessados por arquitetura podem sempre admirar as casas gandaresas, nas aldeias. Para saber mais sobre o concelho basta estacionar na margem poente da Barrinha, uma lagoa colorida por passeios de gaivota, e visitar o Posto de Turismo e Museu Etnográfico da Praia de Mira – a única zona balnear do Mundo com Bandeira Azul desde 1987 (quando começou a ser atribuída). CF
Ao redor
Sítio do Cartaxo – Ecoturismo
Junto à Lagoa de Mira fica o Sítio do Cartaxo, um espaço de lazer tranquilo, com esplanada, onde o chef Rui Reigota serve petiscos assentes em produtos frescos, da terra. A casa, cedida à Associação dos Amigos dos Moinhos e Ambiente da Região da Gândara, também aluga a barca e paddles. Este é um bom sítio para observar aves, libelinhas e libélulas.
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Sérgio Marques, ilustrador, e Rita Santos, arquiteta, correram Mundo, até que decidiram montar os seus escritórios na Praia de Mira e revitalizar o antigo café do pai dele. O Violas funciona agora como alojamento local, restaurante de petiscos, cafetaria, galeria e loja. Até 10 de outubro, abre todos os dias; depois, só ao fim de semana. Tem nove quartos e umas amêijoas famosas.
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Estrada Atlântica
Pedalar embalado pelo vento, a ver o mar
Leva quase uma década (foi inaugurada em 2011) a Estrada Atlântica, e por isso mesmo nalguns locais a pista que a acompanha precisa de cuidados. Ainda assim, a maior ciclovia do país – com um total de 62 km – é uma experiência única para os amantes das duas rodas. O percurso faz-se de norte a sul, entre a praia do Osso da Baleia, no concelho de Pombal, e termina em Salir do Porto, Caldas da Rainha.
A ciclovia consegue atravessar o atlântico ladeada pela Mata Nacional do Urso e pelo Pinhal do Rei, que apesar de muito afetados pelo incêndio de 2017 mantêm uma rara beleza. Pedro Santos já fez o percurso centenas de vezes, na sua maioria em grupo. Para ele, a etapa de maior dificuldade é a que liga as praias da Vieira a São Pedro. «Depende muito de como esteja o vento, que se nota bastante mais forte depois do fogo de há três anos», conta à Evasões. Mas cada troço é igualmente deslumbrante, pese embora diverso. Pedalar com o mar como pano de fundo é um privilégio dos que escolhem esta ciclovia, ligando as praias do Pedrógão (Leiria), Vieira e São Pedro de Moel (Marinha Grande), Água de Madeiros (Alcobaça), Foz do Arelho e Salir do Porto (Caldas da Rainha). PSL
Ao redor
Lagoa da Ervideira
No troço de 11 km que liga as praias do Osso da Baleia e Pedrógão, a ciclovia contorna uma paragem obrigatória: uma lagoa de água doce que muitos julgam tratar-se de uma praia fluvial. Tem um bar, é certo, mas não é vigiada, pelo que se recomendam cuidados. Muitas famílias escolhem-na como alternativa à praia, sobretudo em dias de mar agitado. Um passadiço em madeira percorre toda a margem ocidental, permitindo a observação de aves. Há também um parque de merendas que, findo agosto e as férias dos emigrantes, regressa a uma pacatez serena. Coordenadas: 39°55’46″N 8°53’45″W. Web: ervedeira.blogspot.com
Esplanada da AMA
Foi a sensação deste verão no Casal Ventoso, uma das concessões do extenso areal da Praia do Pedrógão. Inaugurada em julho, a (nova) Esplanada da AMA (Associação Moradores Amigos Casal Ventoso Praia do Pedrogão) já existia desde 2016, mas este ano remodelou-se. Até 15 de setembro vai manter-se aberta todos os dias, coincidindo com a época balnear. Há uma variedade de petiscos para saborear com vista para o mar, como os mexilhões, a amêijoa à bulhão pato ou o imperdível camarão frito. Quem preferir uma refeição mais completa também pode fazê-lo.
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Mais de três quilómetros compõem o novo troço de ciclovia que a Câmara da Figueira da Foz inaugura, oficialmente, no próximo dia 22, dia Europeu Sem Carros. Este trajeto – que integra a futura Ciclovia do Mondego, entre aquela cidade costeira e Coimbra – começa junto ao porto comercial, perto da estação ferroviária, e estende-se até à freguesia de Vila Verde. Está pronto desde julho, e dá continuidade ao percurso ciclável que vem de Buarcos. CF
Ciclovia de Coimbra
O projeto Ciclovia de Coimbra – Coimbra B/Vale das Flores/Portela inclui vários troços urbanos, que vão da estação ferroviária de Coimbra B ao Vale das Flores e à Portela, passando pelo Choupal e pelas margens do Mondego. O troço entre a Ponte Rainha Santa Isabel e o Vale das Flores (Bombeiros Sapadores de Coimbra) está em fase final de execução, segundo fonte da Câmara Municipal. Há cerca de 20 quilómetros de percurso ciclável, e mais se avizinham. CF (Fotografia: DR)
Ao redor
Novo cais flutuante
A ciclovia passa junto ao cais flutuante, com cerca de 40 metros, que acaba de ser montado nas instalações do Centro Náutico do Ginásio Clube Figueirense, na Fontela, Vila Verde. Este equipamento garante melhores condições para a prática de desportos náuticos e atividades de lazer no rio, informou a autarquia.
Choupal
A Mata Nacional do Choupal, cantada por poetas, é ideal para passear, praticar desporto ou fazer um piquenique. Ganhou esse nome devido à predominância dos choupos, mas também tem plátanos, nogueiras-pretas ou cedros dos pântanos.
