Esta praça bracarense fica bem perto do centro da cidade, no final da bem central rua do Souto, mas, no passado, era encarada como um lugar periférico da cidade, ao fundo de uma encosta para onde escorriam os esgotos e detritos urbanos. Diz-se que vem daí a expressão “Vai abaixo de Braga”, eufemística forma de despachar alguém para um lugar… desagradável. Porém, terá sido essa característica que a tornou fértil para as hortas do arcebispado, daí a toponímia.
Esta praça com fachadas graciosas e monumentais fica logo a seguir ao Arco da Porta Nova, projetado pelo arquiteto do barroco bracarense André Soares, a partir da Torre da Porta Nova, a última aberta na muralha fernandina da cidade, com origem no século XIV e depois reconfigurada no século XVIII. Este arco sem porta também estará na origem da pergunta que se faz àqueles que deixam as portas abertas: “És de Braga?”.
No centro desta praça, que fica a dois passos da estação de comboio e da Sé de Braga, está a Fonte do Campo das Hortas, mandada construir pelo arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus, em 1594, para decorar atual Avenida Central mas que acabou por ser ali instalada. Em redor dela, há alguns dos melhores restaurantes tradicionais de Braga (e por essa razão, o Campo das Hortas há-de ser o lugar com mais cabrito assado e pudim Abade de Priscos da cidade), mas também alguns novos espaços de cozinha contemporânea. Vale a pena passar a porta sempre aberta de Braga para conhecer este campo.
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