Lisboa: há um novo museu com raridades dentro do Técnico

Centenas de peças que contam a história da descoberta da eletricidade, do século XIX aos nossos dias, estão em exposição no novo Museu Faraday, dentro do Instituto Superior Técnico.

Com mais de cem anos de existência, o Instituto Superior Técnico guarda tesouros, muitas vezes descobertos por acaso, em arrumações ou mudanças. Alguns deles estão a ser reunidos em espaços museológicos para que possam ajudar a contar a história da ciência. O mais recente é o Museu Faraday, no departamento de Engenheria Electrotécnica, situado na torre Norte do complexo universitário, em Lisboa. O novo espaço junta-se aos já existentes: o de Engenharia Civil, o Alfredo Bensaúde (geociências) e o Museu Décio Thadeu (geologia).

Em sete pequenas salas estão reunidas peças que representam a evolução dos vários aspetos da utilização da eletricidade. Algumas não são simples de compreender, mas muitas outras fizeram parte do dia-a-dia – como o telefone, a rádio, a televisão, as primeiras máquinas de calcular ou os computadores.

O museu presta homenagem ao autodidata Michael Faraday, pela importância de invenções como o primeiro transformador ou o primeiro motor, mas por muitas outras menos conhecidas e principalmente pelo seu papel de experimentalista e divulgador da ciência. Ainda hoje, no museu homónimo, em Londres, realizam-se todos os anos as palestras Christmas Lectures, que o próprio iniciou em 1825 – transmitidas agora pela BBC e acessíveis a todos os públicos –, são uma referência na divulgação científica.

Ao longo de dois anos, Moisés Piedade e Carlos Ferreira Fernandes dedicaram-se a reunir vários instrumentos que estavam dispersos pelo Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (e trouxeram outros que guardavam em casa) e o resultado é este núcleo museológico que pode ser visitado, para já em visitas marcadas, através de escolas ou em pequenos grupos de interessados.

O objetivo será sempre que estas visitas sejam preparadas e contem com várias demonstrações práticas e experiências. Do trabalho de pesquisa já resultou a catalogação de mais de seiscentos aparelhos, muitos dos quais tiveram de ser restaurados e recuperados, e estão agora, na sua maioria, em funcionamento.

Entre as curiosidades estão um telefone de 1882, onde ainda se pode atender uma chamada, os primeiros computadores, máquinas fotográficas digitais, mas também o futuro, representado por exemplo pelos biochips desenvolvidos no Instituto Superior Técnico.

 

Leia também:

Carnaval: fazer máscaras em Lisboa e Aveiro
Lisboa: petiscar no renovado bar do Duplex
Aconchego de lareira numa quinta com vista para o Douro

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend