Conhecer Vila Real à boleia do circuito automóvel

O Circuito Automóvel de Vila Real tem este ano provas em dois fins de semana. O primeiro é já dias 24 e 25 de junho (o próximo é 8 e 9 de julho). A Evasões sugere uma série de sítios para visitar, comer e beber na capital transmontana.

Museu da Vila Velha – História de uma cidade

Sobranceiro ao Rio Corgo, o Museu da Vila Velha é ponto de partida para uma aproximação à cidade. Austero, visto de fora, o edifício projetado pelo arquiteto António Belém Lima funciona como uma «espécie de biombo», explica João Ribeiro da Silva, seu diretor, que separa a vila velha, onde se erguiam as portas da vila, demolidas em 1873, e a parte nova.

Dentro do museu a sensação de austeridade desaparece nas largas janelas que enquadram, à esquerda, o vale do Corgo e, à frente, aquele que é um dos mais bonitos cemitérios românticos do país, com a Igreja de S. Dinis e a Capela de S. Brás. A inauguração do museu, em 2008, foi o «coroar das escavações realizadas entre 1996 e 2004».

A ideia inicial era fazer um centro de interpretação arqueológica a partir de estruturas que fossem reveladas. Em vez disso, foram encontrados milhares de objetos. Criou-se então este museu onde se conta a história do território a partir de vestígios de várias épocas. O ex-libris é a estátua da Sra. do Desterro, que encimava as portas da vila. Outra sala mostra exposições temporárias. Atualmente está patente a XII Bienal de Pintura do Eixo Atlântico.

Cais da Villa – Cozinha regional e inovadora

O Cais da Villa, que ocupa o antigo armazém da Estação de Caminhos de Ferro de Vila Real, já desativada, assume-se como um restaurante gourmet inspirado nos sabores tradicionais de Trás-os-Montes. Quer ajudar Vila Real a destacar-se como o cartão de visita da região do Douro e por isso apela à tradição em ambiente descontraído.

Na cozinha, a equipa é de luxo. Daniel Gomes, que foi o primeiro chef do espaço (saiu em 2013), regressou à cozinha depois de uma passagem pelo Vila Joya. «Trabalhamos os produtos da região, mas damos um toque elegante e inovador sem nunca esquecer as raízes«, explica o chef.

Os pratos são fruto de experiência e da pesquisa do chef. A filosofia é chegar a todos os clientes, dos mais tradicionalistas aos que gostam de arriscar, tudo em ambiente descontraído. O restaurante divide-se em duas salas principais: uma para refeições e outra para petiscos, bifes e vinhos. Para este fim de semana, o restaurante preparou um menu especial para receber o circuito, a partir de sexta ao jantar.

Teatro de Vila Real e Parque Corgo

Envolvido pelo Parque Corgo, o Teatro de Vila Real é mais do que um teatro. O seu café-concerto recebe durante o dia muitos clientes, sejam estudantes, sejam turistas ou habitantes da cidade que fazem uma pausa para café ou para um copo de vinho depois de um passeio à beira rio. Há noite há espetáculos de música e comédia. Dentro do edifício fica também o Museu do Som e da Imagem que dá a conhecer os primeiros teatros de Vila Real, a história da fotografia e do cinema.

Traga-Mundos – a casa da literatura transmontana

Depois de ter percorrido os dois hemisférios, Alberto Alves regressou às origens. Na terra dos seus pais abriu, em 2011, uma livraria dedicada à literatura transmontana. Miguel Torga (o nome da loja remete para a obra «O Senhor Ventura»), António Cabral ou Amadeu Ferreira, promotor da língua mirandesa, são alguns dos autores presentes. Curiosamente, Alberto abriu a livraria no mesmo espaço onde tinha funcionado a Setentrião, que muito o influenciou no gosto pela leitura. Além de livros de vários géneros – da poesia à banda desenhada – aqui vende-se algum artesanato local, vinho e compotas. As paredes servem de galeria de exposições.

Casa Lapão – do convento para a Lapão

Não fosse o empenho dos antepassados de Rosa Cramez, uma das atuais responsáveis pela Casa Lapão, a doçaria conventual de Vila Real «teria sido esquecida». Quem o diz é a própria, que guardou as receitas que continua a fazer de forma tradicional na mesma fábrica, aberta há 80 anos por Francisco Delfim e Miquelina Cramez. As receitas foram parar à família através de uma costureira que frequentava a casa e cuja irmã guardava os segredos da doçaria do Convento de Santa Clara, extinto em 1855.

Os donos da Lapão começaram a fabricar os pastéis de toucinho (cristas de galo), de Sta. Clara e as tigelinhas de laranja, bem como pitos, santórios, cavacórios, ganchas e os covilhetes (de carne de vitela). Alzira Cramez, nora de Miquelina deu continuidade ao projeto ajudada pelo filho Artur, que em 1990 abriu a cafetaria em frente à fábrica. No verão, esta vai abrir a sua porta a visitas.

Tinto e Branco Winehouse – Vinhos com histórias

Com espírito de aventura, Carlos Almeida inovou na sua cidade, abrindo uma casa que serve vinho a copo e petiscos regionais. Além de querer promover os vinhos do Douro, quer ajudar a fazer renascer esta zona de Vila Real.

«Vivi sempre no centro histórico e apercebi-me que estava a morrer. Ver mais uma porta fechada era angustiante», admite. Foi então nesta rua, onde antes os artesãos tinham as suas oficinas, que, em 2012, inaugurou o Tinto e Branco.

Agora na estação quente, Carlos prepara-se para organizar eventos que podem ser de música ao vivo ou tertúlias sobre a história da cidade.

Oh Faxabor! – da taberna antiga à petisqueira moderna

Abriu em dezembro de 2015, ocupando o lugar da taberna Escondidinho. Os responsáveis pelo Oh Faxabor!, Rui e Maria do Carmo não escondem a história do espaço, a que deram um ar moderno, acolhedor e arejado. Nas mesas, é possível ver imagens antigas de Vila Real e textos que se referem as tasquinhas que durante o século XX ocupavam o centro histórico.

Os petiscos que aqui se comem foram idealizados pelo casal e alguns inspirados na criatividade da mãe de Maria do Carmo, como as pataniscas de polvo. Além de uma boa carta de vinhos, têm disponíveis cervejas internacionais à pressão. Entre muitos petiscos, há folhados de queijo mel e nozes ou croquete de alheira.

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