Alvão: um trilho pelo encanto das terras altas

No ponto de encontro entre Douro, Minho e Trás-os-Montes, o trilho pedestre das Fisgas do Ermelo reúne o melhor destas três regiões, num pequeno paraíso natural que tem como principal cartão-de-visita a cascata das Fisgas do Ermelo.

Situado entre os concelhos de Mondim de Basto e Vila Real, na cadeia montanhosa definida pelas serras do Alvão e do Marão, o território do Parque Natural do Alvão funciona como uma barreira natural às massas de ar húmido vindas do litoral, criando aqui uma zona de transição para o clima seco do interior.

Caraterísticas que moldaram um cenário natural único, que reúne, num reduzido espaço com pouco mais de 7 mil hectares, a alta montanha transmontana, o exuberante verde minhoto e abruptas gargantas a lembrar o Douro.

Esse singular território pode ser explorado e apreciado a pé, no percurso pedestre circular das Fisgas do Ermelo, inaugurado há pouco mais de um ano, numa iniciativa integrada na candidatura desta paisagem à lista de Património Natural da Humanidade, da UNESCO.

Com uma extensão de pouco mais de 12 quilómetros e grau de dificuldade alto, o trilho começa na aldeia de Ermelo, uma das mais antigas de Portugal, com foral concedido no século XII pelo rei D. Sancho I.

Continua pelas margens do Olo, onde a paisagem começa a ficar cada vez mais selvagem, com o rio a prosseguir o seu caminho através de apertadas gargantas, escavadas numa barreira de resistentes quartzitos, até se precipitar, montanha abaixo, de uma altura de cerca de 400 metros, nas quedas de água das Fisgas do Ermelo, uma das maiores da Europa e sem dúvida o ponto alto desta caminhada.




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