Viagem ao passado entre cocktails em bar de Braga

Há uma mesa que já foi uma porta, candeeiros feitos a partir de chapéus e sofás da casa dos avós. No bar Setra, no centro histórico, o ambiente é uma viagem romântica.

Ivo, Hélder e Alexandre sentiram necessidade de criar um espaço diferente na cidade. «Queríamos um sítio onde as pessoas se sentissem em casa. Por isso, colecionámos alguns objetos e desenvolvemos este conceito bastante pessoal», refere Ivo Silva, um dos três sócios. À experiência na área da restauração de Ivo e Hélder Miranda, junta-se o conhecimento técnico de Alexandre Santos, formado em Turismo. O ambiente surgiu «sem nenhum plano estruturado», com malas de viagem, gaiolas de grilos, carrinhos de brincar, livros e muitos objetos reciclados a criar um conjunto intenso e romântico.

Do bar saem os cocktails, a especialidade da casa. As bebidas, de diferentes sabores e feitios, são temáticas. «Para a Semana Santa, por exemplo, apostámos num cocktail servido num recipiente de barro em forma de farricoco, já o do São João era verde e vinha num vaso de manjerico», contam. Toda a cerâmica é feita em Braga e à medida para o Setra. Estas bebidas, idealizadas pelos três amigos, são servidas com bolachas ou outros doces. O objetivo, explica Ivo, é cativar as pessoas para que experimentem coisas novas.

Mas também há petiscos, destacando-se as tábuas de queijos e enchidos e a «tapa na telha», que funciona como uma «surpresa do chef». «Na tapa da telha não há nada estabelecido. Depende da vontade de quem está na cozinha. Quem a pede sabe que vai ter aquilo que der ‘na telha’ do cozinheiro», explica.

Os pincéis, emoldurados e pendurados numa parede tosca e irregular de cimento, são a prova dos quatros meses de trabalho dos três sócios. «Grande parte do que aqui está foi feito por nós. Não seguimos nenhuma linha orientadora. Fizemos tudo ao nosso gosto, baseados no instinto», explica Ivo. O bar tem a particularidade de integrar um centro comercial urbano, com um cabeleireiro e uma pequena galeria de arte no primeiro andar.

Das colunas do Setra, que é um palíndromo para ‘artes’, sai a música que acompanhou diferentes gerações: «É engraçado quando se encontram aqui, por acaso, pai e filho, cada um com o seu grupo», revela Ivo. Às quartas e quintas há música ao vivo. O género varia entre rock, indie e blues. Por ali têm passado desde a abertura, em janeiro, cerca de 600 pessoas por noite ao fim de semana, quando contavam com uma centena. Agora, o espaço aumentou com a abertura do terraço no piso superior, este verão, com vista sobre a cidade.

 

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