Esta semana, a Evasões mudou-se para Viseu

Percorra a fotogaleria para conhecer as escolhas da Evasões.

Restaurante Dux Palace

É do chef Luís Almeida e da mulher, Vanessa Santos (e ainda de outro sócio, o escanção Luís Moura), este espaço que nasceu em Viseu há quase três anos, com o intuito de criar, naquela cidade, um espaço onde se pudessem petiscar pratos de inspiração regional, com o toque pessoal de Luís, sempre acompanhados por vinhos. E ali ninguém vai ao engano, de tal forma o vinho está presente, tanto na decoração com peças de cortiça e caixas de madeira como nas garrafas expostas um pouco por todo o lado. A comida de Luís Almeida, que trata a nacional petiscada com grande mestria, é mesmo de honrar com um brinde.

(Fotografia de Pedro Granadeiro/GI)

Só Sabão

Vítor é designer e Filipa é farmacêutica, e viviam em Lisboa até que um ideal de vida os levou a mudar-se para Viseu, a terra dele, e criar uma saboaria tradicional, com receitas antigas e sem conservantes, usando recursos da região. Foi em 2012 que a Só Sabão abriu num edifício recuperado no pequeno Largo de São Teotónio, nas traseiras da Sé, para vender os seus sabões de ervas aromáticas, sal e plantas, criados a partir de receitas antigas. Estão junto à loja-oficina do único latoeiro que ainda trabalha em Viseu, sendo o lugar também uma afirmação daquilo que os move – divulgar e preservar o património cultural tradicional, sobretudo no que diz respeito ao saber fazer, no projeto Deste Lado do Mundo, que já leva uns anos, e deu origem à marca Amor Luso.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Carmo 81

Uma antiga oficina de motores de rega que passou a ser bar, galeria de artes invulgares, cinemateca alternativa, sala de concertos e espaço para conviver com gente de muitas origens, gostos e visões artísticas, como são os seus fundadores. O Carmo81 nasceu da cooperativa que organizou o festival de cinema Shortcutz e passou a ser a sua sede, mas há sempre alguma coisa para fazer, ver ou apreciar naquele espaço que manteve os seus genes oficinais, decorado com muitas peças antigas.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Inprovviso

Cristina da Costa e Alberto Tomás sempre tiveram restaurantes de comida italiana mas este Inprovviso, que abriu em outubro de 2015, junto ao centro da cidade, aperfeiçoa o conceito familiar que sempre estimaram. É um lugar pequeno, com a madeira das caixas de vinho a dar um tom suave ao ambiente e metade dos assentos em forma de sofás, ao longo de toda a parede. Ali comem-se sobretudo pizzas, bruschettas e saladas. O princípio é «fazer pizzas diferentes, com associações pouco prováveis de ingredientes», explicam Alberto e Cristina, que trabalham há 16 anos com o piazzolo Fernando Abrantes, que tem outro tanto de carreira. Na cozinha, misturam-se chouriços da Beira com enchidos ibéricos, cogumelos shiitaki e verduras biológicas de quintas de Viseu e os queijos italianos.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Quinta do Medronheiro

Estes 37 hectares onde funcionou uma exploração agropecuária ainda produzem vinho (quase todo para consumo das festas que ali se realizam e dos hóspedes, mas também a começar a pensar no mercado) e, desde 2010, também se pode ali descansar, em grande recolhimento e contemplação de verde, ainda que a curta distância da cidade de Viseu, que fica seis quilómetros, uns dez minutos de estrada. Aquilo que serve de hotel propriamente dito são as antigas casas de caseiro e de serviço da quinta, primorosamente restauradas e adaptadas a este novo fim.

Cada casa alberga agora um conjunto de quartos que mantiveram traços da anterior rusticidade e usos, como por exemplo aquele em que existe ainda, integrada na decoração, a mesa do lagar. Cá fora, pode-se passar tempo nas pequenas esplanadas com vista para os campos e junto ao lago, onde saltam alguns sapos.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)

Loft Guesthouse Jardim das Mães

Era uma casa senhorial e devoluta no centro histórico de Viseu, mesmo em frente ao Jardim das Mães, de onde se começa a subir para a Sé. Estava de tal forma maltratada que quando Maria João Melo e Joel Faria se apaixonaram pela ideia de ali criar uma Guest House, a solução que se lhes apresentava era extrema. Em boa hora o casal de engenheiros civis, que tinha já um negócio na sua área e também na decoração de interiores, escolheu o caminho mais difícil – manter tudo o que se aproveitava do interior. E expandir o negócio para uma área que, ao implicar reconstrução e interiores, tem tudo a ver com o que sabem fazer.

Esta casa, com nove apartamentos, dois deles em arrendamento permanente, inaugurou um conceito de hotelaria em Viseu – é uma guesthouse, sim, mas todos os seus sete apartamentos (espaços únicos mas com uma divisão clara entre zona de dormir, de estar e cozinhas totalmente equipadas) funcionam de forma independente, ficando os hóspedes com total autonomia. Lá dentro, há móveis antigos em contraste com as cozinhas modernas, muita luz dos janelões que chegam ao teto do pé direito alto e silêncio, apesar de se estar bem no centro de Viseu, ao lado do Rossio.

(Fotografia de Maria João Gala/GI)