Santo António: um guia para forasteiros em Lisboa

Percorra a fotogaleria para conhecer cinco noções básicas e regras elementares sobre a festa de Santo António.

Na fotografia: Arraial de Santa Catarina

(Fotografia de Pedro Rocha/GI)

1. Paciência, calçado e roupa confortável

Pode parecer estranho pedir paciência quando se fala de uma festa, mas uma dose generosa de calma é fundamental para encarar os santos, sobretudo a noite de 12. Porquê? Porque há filas para tudo, sobretudo comer e beber. Uma sardinha ou uma cerveja? Pode demorar horas. Até para comprar água. Mas tudo se consegue com alguns empurrões e bom jogo de cintura.

(Fotografias de Sara Matos/GI)

1. Paciência, calçado e roupa confortável

Quem não tiver paciência o melhor é optar por qualquer outro dia do mês. Ou fugir aos grandes arraiais. Independentemente do sítio, convém levar calçado e roupa confortável. E nada de roupas novas, até porque aqui o mais certo é ficar com nódoas para a vida. Santo António sem copo entornado não é um Santo António bem vivido. Por fim, o transporte. Se possível a pé, de transportes públicos, em último recurso de táxi – até porque a partir das duas fica mais difícil haver algum disponível –, nunca em viatura própria. Pelo álcool e pelo estacionamento.

2. Música popular e sardinhas para o povo

Ninguém é obrigado a dançar, mas será difícil resistir a tanta solicitação, a tanta música pimba. Popular, que nem tudo o que é popular é pimba. Seja no dia 12 ou em qualquer outras das noites de junho, o mais provável é que haja uma banda em cada palco, um bailarico em cada esquina. Música popular portuguesa e brasileira, que também já é tradição. Quem não gostar faz orelhas moucas ou procura um arraial alternativo, que também os há. Aliás, em quase todos os arraiais há dias com DJ.

2. Música popular e sardinhas para o povo

O que um arraial não pode deixar de ter é sardinha. E cerveja. E vinho. E caldo verde. Sim, tudo isto, mas sobretudo sardinhas. No dia 12 quem quiser jantar sentado o melhor é chegar bem cedo. Seis e meia já é tarde, até porque poucos sítios aceitam reserva.

(Fotografia de Pedro Rocha/GI)

3. O manjerico e o santo casamenteiro

O manjerico é o símbolo da festa. E fica sempre bem comprar um para oferecer à amada. Aliás, é conhecida como a erva dos namorados. Além da planta – nunca se deve cheirar diretamente, pois isto faz com que seque mais rapidamente – o vaso traz também uma um verso popular alusivo ao amor.

(Fotografias de Sara Matos/GI)

3. O manjerico e o santo casamenteiro

Mesmo quem nunca foi aos Santos sabe que falar em Santo António é falar nos casamentos. Diz a lenda que era um excelente conciliador matrimonial, por isso todos os anos (desde 1958) há umas série de jovens casais (16) selecionados para casar abaixo da sua proteção. A cerimónia tem lugar na Sé, no dia 12, mas quem quiser pode acompanhar a cerimónia na RTP.

4. As marchas populares

São a alma da festa, juntamente com os arraiais. Este ano voltam a realizar-se na Avenida da Liberdade, a 12 de junho. Marcam presença as vinte marchas lisboetas – Alfama, Benfica, Madragoa, Alto do Pina, Carnide, Penha de França, Campo de Ourique, Bica, Castelo, Ajuda, São Vicente, Mouraria, Santa Engrácia, Alcântara, Marvila, Bela Flor-Campolide, Belém, Olivais, Graça e Bairro Alto.

(Fotografias de Paulo Spranger/GI)

4. As marchas populares

Participam ainda três marchas convidadas: Leiria, Viseu e Quarteira. O conselho: chegar cedo, para arranjar um bom lugar e sair cedo, antes que toda a gente vá a correr para os arraiais. Saber viver o Santo António é uma arte, sobretudo na noite de 12. De resto, é uma festa.

5. Já agora, porque é que a festa decorre nestes dias?

Porque o santo morreu a 13 de junho de 1231, perto de Pádua (Itália). Daí que 13 de junho tenha passado a ser o seu dia.

(Fotografias de Sara Matos/GI)

5. Já agora, porque é que a festa decorre nestes dias?

Nesta noite em que se celebram os santos populares em Lisboa, as ruas dos bairros de Lisboa enchem-se de pessoas e Alfama é um dos bairros mais concorridos.