É nas tranquilas terras de Coa, mesmo ao lado de um afluente deste rio – a ribeira do Boi – que se encontra o Cró Hotel Rural e Termal Spa. É procura do bem-estar – seja na vertente mais lúdica, seja nos tratamentos terapêuticos – o principal atrativo deste espaço. Esta região tem já um grande historial de termalismo e os vestígios à volta do hotel e das termas são disso testemunho.
As ruínas de balneários e de uma pensão dos anos 1930, e uma capela, remetem para a história termal de Cró. Mas a utilização destas águas poderá mesmo remontar à época romana, havendo vestígios de cerâmicas e moedas que indicam a sua presença.
(Artur Machado/Global Imagens)
No entanto, a referência mais antiga ao Cró data de 1726, e é de Francisco da Fonseca Henrique, médico da casa real durante o reinado de D. João V, que falava dos efeitos curativos dos banhos nestas águas sulfurosas. Só mais de um século depois, em 1891, estas águas foram analisadas e depois de alguns projetos falhados, constrói-se em 1935 o primeiro balneário, posteriormente abandonado. Já no século XXI a atividade termal foi retomada com a construção de balneários novos (em 2011) e do Hotel Termas de Cró (inaugurado em 2015), pensado também para dar apoio a quem vai fazer termalismo.
Depois de alguns meses fechado devido à pandemia, o hotel e as termas reabriram em agosto, com algumas limitações em termos de tratamentos – que se dividem em duas vertentes – terapêutica e de bem-estar.
A sauna e o banho turco estão interditos, bem como tratamentos de rosto. Na vertente terapêutica, os tratamentos das vias respiratórias também não estão a ser realizados. De resto, todos os outros podem ser solicitados. Há vários tipos de massagens, incluindo massagem de casal, hidromassagem, massagem com pedras quentes, entre outras.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
VISITAR
Casa da Memória Judaica da Raia Sabugalense
No centro do Sabugal, na antiga Casa do Castelo, encontra-se este centro expositivo que conta a história da presença das comunidades judaica (e de cristãos-novos) nesta região, entre os séculos XV e XVIII. Várias peças arqueológicas ajudam a contar a história a par de vários painéis explicativos. De destacar a presença daquilo que se pensa ter sido um hejal, uma abertura na parede onde era guardado o rolo da Torah. Largo do Castelo, Sabugal. Tel.: 271750080. Por marcação prévia. Grátis.
Cinco Aldeias Medievais do Sabugal
Alfaiates, Sortelha, Vila do Touro, Vilar Maior e Sabugal são as cinco vilas medievais do concelho. Todas elas possuem com castelos e outros vestígios militares, religiosos e civis centenários. Sortelha, por fazer também parte da lista das 12 Aldeias Históricas, é talvez a mais conhecida, assim como o Sabugal, pelo seu famoso castelo e por ser sede do concelho. Mas vale a pena conhecer as outras. Em Vila do Touro, sobrevivem vestígios de um castelo que não acabou de ser construído. Alfaiates, de ocupação proto-histórica, tem um miradouro que compreender todo o território. De lá, são visíveis alguns povoados ancestrais como o Sabugal Velho, São Cornélio ou Jarmelo. Lá perto, fica o santuário de Sacaparte.
