As Termas de Chaves foram inauguradas há 48 anos, substituindo um balneário provisório, de 1949, mas os flavienses sabiam das características especiais desta água, bem antes disso. “Vinha-se buscar a água à fonte e as pessoas faziam os tratamentos em pensões e hotéis com casas-de-banho que tivessem tinas ou banheiras”, conta Fátima Pinto, administradora do Chaves Termas & SPA.
Na verdade, os romanos, há dois mil anos, já o tinham percebido. É o que se deduz dos vestígios encontrados, na cidade romana de Aquae Flaviae, de um enorme balneário termal, que sofreu uma derrocada provocada por um sismo, há cerca de 1700 anos. Os vestígios ficam perto das atuais termas e espera-se que integram um museu em breve.
O edifício. (Fotografia: André Rolo)
Hoje, as mesmas águas atraem quem procura algum alívio das patologias músculo-esqueléticas, do aparelho digestivo e das vias respiratórias, ou quem anseia por um momento de relaxamento no spa, que é a vertente mais requisitada, atualmente.
Há seis programas de bem-estar termal, que vão de um dia até três dias, destacando-se aquele com mais sucesso – o Aquae Duo, para duas pessoas. Durante um dia, a dupla tem direito a sauna, imersão em banheira com hidromassagem e uma massagem geral. As crianças não foram esquecidas, e podem usufruir da sua primeira experiência termal, com a massagem thermal kids e ainda uns mergulhos na piscina.
Sauna. (Fotografia: André Rolo)
Outras sugestões, avulso, incluem duche de jato, esfoliação e hidratação termal, duche massagem tipo vichy e hidropressoterapia. Sauna e ginásio também os há, mas devido aos esforços para conter a propagação do novo coronavírus, estão temporariamente desativados.
Vale a pena conhecer também a linha de dermocosmética, lançada há dois anos, com esta água gasocarbónica, bicarbonatada, sódica, rica em sílica e flúor, na sua composição. O denso e perfumado creme de mãos, que as deixas nutridas e suaves, é o produto mais vendido, mas a linha de oito produtos inclui cremes para diferentes fins, um sabonete e um esfoliante.
FICAR
HOTEL FORTE DE SÃO FRANCISCO
Já foi um convento, um forte e, desde 1997 – com diversas remodelações pelo caminho -, é um hotel confortável de quatro estrelas. Dentro das grossas muralhas estão 58 quartos, entre eles, assotados, standard, premium e suítes júnior. Para ocupar o tempo, existe uma piscina exterior, uma sala de jogos, garrafeira e court de ténis. No restaurante Cozinha do Convento a proposta é de comida tradicional portuguesa.
COMER
ADEGA FAUSTINO
É um lugar castiço, com tóneis atrás do balcão, mobiliário em madeira e piso em paralelos, onde se serve comida regional, a bons preços. Sugere-se arrancar com os bolinhos de bacalhau e partir para a alheira, a carne barrosã ou os rojões do redanho. Quem quiser peixe, também o encontrará, e o cremoso arroz de tomate é um dos acompanhamentos a considerar. Há ainda uns saborosos rissóis de legumes para quem quiser carne nem peixe.
FAZER
Buvete das Termas de Chaves
Experimentar a água na buvete é incontornável quando se está em Chaves. É gasocarbónica, quente e algo salgada, devido bicarbonato de sódio, mas facilita a digestão e consta-se que ajuda na ressaca.
