Ser enólogo por um dia: ideias para outubro de 2023

Eis uma sugestão do que fazer em outubro deste ano. (Fotografia; DR)
Num país com identidade vínica tão enraizada, há experiências de enoturismo que ajudam a homenagear essa tradição, visitando vinhas, diferenciando castas e terroirs, criando os próprios blends e levando-os para casa como recordação.

O Douro Vinhateiro celebrou recentemente as suas duas décadas enquanto Património Mundial da UNESCO, mas há novas razões para rumar à mais antiga região demarcada. Foi há 22 anos que a LAVRADORES DE FEITORIA nasceu, para unir um grupo de pequenos produtores e dar palco às uvas durienses, mas 2022 viu a estreia desta casa no enoturismo, com a construção de nova adega e loja de vinhos em Sabrosa, na Quinta do Medronheiro, a sede da marca que representa 20 quintas e 600 hectares de vinha espalhados pelas sub-regiões do Douro – Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior.

Uma das experiências é “Ser Enólogo Por um Dia”. Ao longo de duas horas e meia faz-se visita guiada à vinha biológica e segue-se pelos processos seguintes – adega, sala de estágio, engarrafamento e garrafeira. Depois, há uma prova de três tintos – Vinha da Meruge, Vinha do Sobreiro e Quinta da Costa das Aguaneiras, três vinhos de terroir da casa, feitos de uma determinada parcela de vinha – para explicar o impacto do terroir e os tipos de vinificação no resultado final. Cada visitante cria depois o próprio blend, à medida do seu palato, e engarrafa e rotula a sua garrafa, que leva para casa. “Há muitos Douros dentro do Douro. Temos várias quintas, altitudes e terroirs, é quase como fazer música, juntando instrumentos”, explica Paulo Ruão, enólogo da Lavradores.

(Fotografia: DR)

A mesma dinâmica interativa partilha-se na experiência semelhante da JOÃO PORTUGAL RAMOS VINHOS, que soma quatro décadas, duas gerações familiares e dezenas de referências no mercado, primeiro nos vinhos e depois chegando ao azeite, vinagre e aguardente. A sede do enoturismo é em Estremoz (onde nasceu a primeira vinha, de resto), na Adega Vila Santa, e é lá que cada um pode criar o seu próprio vinho.

A experiência de 90 minutos inclui visita guiada à adega, pelos lagares em mármore local onde se pisa a uva, às cubas de fermentação e caves de estágio, dando-se a conhecer o processo de produção. Depois, provam-se individualmente os lotes monovarietais com as tradicionais castas alentejanas, para se perceber as diferenças entre estas, harmonizando com queijo e pão alentejanos e azeite da casa. Depois, cada um cria o seu próprio blend num tubo de ensaio. No final, é engarrafar, rotular e levar como recordação.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend