Passeios para 2024: à (re)descoberta do Grande Vale do Côa

(Fotografia de Maria João Gala/GI)
É no Vale do Côa que se ensaia em Portugal um projeto de “rewilding”, em português “renaturalização”, que visa a restauração ecológica em áreas vastas.

Em finais de abril passado o Vale do Côa aumentou a sua população de animais. Foi introduzida uma manada de 15 Tauros nos 600 hectares da área “rewilding” do Ermo das Águias. Este animal foi criado para ser semelhante ao auroque, antepassado selvagem do gado bovino. O auroque, um dos animais que aparece com mais frequência nas gravuras paleolíticas do Côa, conseguiu sobreviver até ao século XVII, quando se extinguiu devido à caça.

No Vale do Côa, está a ser introduzido para cumprir o seu papel ecológico de grande herbívoro, que vai contribuir para a criação de habitats mais biodiversos. Além disso, explica a Rewilding Portugal, “eliminará a vegetação densa e reduzirá o risco de incêndios, permitindo que florestas nativas se regenerem”. Inserido no Grande Vale do Côa está a reserva da Faia Brava, a única área protegida privada em Portugal. Está aberta a visitas e tem sugestões de percursos, como o Trilho dos Biólogos ou um safari para fazer num todo-o-terreno. Reserva da Faia Brava. Tel.: 271 311 202 | 914 678 375. Web: faiabrava.pt

FICAR

Casa da Cisterna

Durante a renovação das Aldeias Históricas, nos anos 1990, Ana Berliner e António Monteiro, dois biólogos de Lisboa, instalaram-se em Castelo Rodrigo. Recuperaram um edifício e lá instalaram o seu turismo rural. Na varanda que sai da sala de estar, que também funciona como espaço de refeições, vê-se a elegante piscina, a aldeia e, ao fundo, o Vale do Côa. Surpreende o ambiente caseiro bem como a simplicidade e e elegância dos quartos, com entradas de luz inesperadas e objetos únicos. (Rua da Cadeia, 7, Castelo Rodrigo. Tel.: 271313515. Quarto duplo a partir de 95 euros por noite, com pequeno-almoço)

Casa da Cisterna, em Castelo Rodrigo. (Fotografia de Leonardo Negrão/GI)

COMER

Taberna do Carró

Neste restaurante familiar em Torre de Moncorvo não existe carta e o menu é feito de produtos da terra e da época. No que toca aos clássicos, não faltam a alheira e a chouriça, o queijo terrincha e, para rematar a degustação um naco de carne mirandesa. Tudo é grelhado na lareira que embeleza e aquece a sala de jantar. (Largo General Claudino, Torre de Moncorvo. Tel.: 279252699. Preço médio: 25 euros)

Taberna do Carró, em Torre de Moncorvo. (Fotografia de Rui Manuel Ferreira/GI)




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