Os dias dos leitores: a bailarina Catarina Branco entre aulas, lazer e bem-estar

Catarina Branco tem aproveitado para manter a mente sã e o corpo são. (Fotografia: DR)
Professora de Dança Oriental, de 28 anos, tem passado os dias a cuidar de si, física e psicologicamente, e a acompanhar as suas alunas com recurso ao ensino à distância.

Já passou mais de um mês desde que Catarina Branco se recolheu em casa, com o namorado, em Setúbal, por respeito ao dever geral de isolamento. Desde então que os dias se sucedem calmamente, ao ritmo dos afazeres domésticos, deveres profissionais e atividades de lazer. Ter de ficar em casa “não foi um choque”, confessa à Evasões. Depois de um ano de trabalho árduo que culminou com a abertura do seu próprio estúdio de dança, o Catarina Branco Oriental Studio, Catarina quis abrandar o ritmo e concentrar-se no seu bem-estar. “Já tinha decidido que 2020 seria um ano para cuidar de mim”, diz. “O isolamento tem ajudado nesse sentido, a ganhar hábitos mais calmos”. Começa o dia com um pequeno-almoço entre as oito e as nove da manhã, a observar a cidade deserta da janela, e depois faz sessões de ioga e exercício físico, lê, cozinha, trabalha e vê filmes na sala. A bailarina profissional mostra-se agradecida com o que tem. “Aquilo que mais me entristece” – contrapõe – “é não poder estar no estúdio com as minhas alunas”. E apesar de isso significar um prejuízo no negócio, como trabalhadora por conta própria, garante ter condições para o reabrir assim que for possível. Até lá, dedica-se ao trabalho, que lhe dá prazer, e a ajudar as suas alunas a manterem-se focadas na aprendizagem. Porque a vida não pode parar.

 

As atividades de Catarina Branco

#1 Exercício com PT por Whatsapp

Catarina começou a praticar exercício físico este ano com orientação da personal trainer Leonor Vasques. Uma vez que o ginásio que frequentava encerrou, as aulas mudaram-se parano espaço da sala, onde já pratica ioga. E como? Através de videochamada, pelo Whatsapp. “As aulas são de meia-hora, três vezes por semana. Ela dá-me orientações e corrige-me as posturas”, partilha a jovem. Os exercícios que faz, como agachamentos, abdominais e pranchas, ajudam a tonificar a zona abdominal, glúteos, braços e as costas. “Tenho sentido melhorias fantásticas a dançar, porque sinto mais força no centro do corpo e consigo aliviar a tensão nos membros superiores”.

(Fotografia: DR)

 

#2 Aulas à distância (tutoriais de Dança Oriental)

Manter as aulas de Dança Oriental com recurso às tecnologias tem sido um desafio superado, conta a bailarina, professora e coreógrafa. “Como não é possível dar aulas online para todas as minhas alunas ao mesmo tempo, gravo vídeos explicativos e envio-lhes, com música, sem música e em várias posições” para que entendam a execução dos passos e movimentos das coreografias que têm vindo a aprender. O acompanhamento personalizado tem dado frutos, diz Catarina Branco, que em paralelo tem estado a preparar também material teórico.

(Fotografia: DR)

 

#3 Aulas de ioga na sala

Catarina pratica ioga há quase três anos, como aluna da instrutora Eva Piçarra, e os dias passados em casa têm sido um incentivo a manter as sessões. Para isso, liga-se à instrutora através de videochamada, observando-a pelo ecrã da televisão, e estende o tapete de exercício a meio da sala, para ter espaço. As roupas desportivas dão-lhe o conforto
necessário para fazer as posições de ioga.

(Fotografia: DR)

 

#4 Na cozinha, a fazer pratos saudáveis

Alimentos saudáveis é o que não falta no frigorífico, sobretudo desde que a jovem recorreu a uma nutricionista para dar “uma reviravolta” na sua alimentação. “Tento tentando manter sempre os ensinamentos dela. Primeiro comemos os legumes e vegetais frescos e depois passamos aos congelados. Fazemos questão de assegurar as proporções corretas no prato: 50% de legumes e vegetais, 25% de proteína e 25% hidratos”, explica. Fruta, só nos intervalos das refeições. Beber chá e muita água – confessa – é aquilo em que tem falhado mais. As bolas energéticas, salsichas de tofu e seitan, adoçantes naturais e frutos secos também entraram na alimentação diária, essencialmente vegetariana.

(Fotografia: DR)

 

#5 Na sala, a ver sessões de cinema

O manancial de filmes e séries que a Netflix disponibiliza não dá margem a aborrecimentos. Entre os últimos filmes que Catarina viu estão “O Rapaz que Prendeu o Vento” – uma história de superação de uma comunidade agrícola que tem de sobreviver à escassez no Malawi – e “Mulherzinhas” (candidato a seis óscares da Academia), um romance em que três irmãs perseguem a felicidade durante a Guerra Civil Americana, no século XIX.

(Fotografia: DR)




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