O novo terraço Go a Lisboa junta comida, cocktails, música (e uma loja)

O novo espaço Go a Lisboa fica na Calçada do Livramento, em Alcântara, e tem vista para a ponte. (Fotografia de Diana Quintela/GI)
O Go a Lisboa fica em Alcântara, na Casa de Goa, e quer ser o novo ponto de encontro do verão, em torno da boa gastronomia, cocktails e música.

Inga Martin sente-se como um peixe na água na chefia da cozinha do Go a Lisboa, um novo terraço aberto há menos de um mês na Casa de Goa, em Alcântara. “Gosto muito deste tipo de cozinha”, diz sorridente, referindo-se às receitas goesas que aprendeu a fazer com famílias daquele país. “Mas como não podia ser apenas isso, temos pratos internacionais e da minha autoria, influenciados pela minha família e pelas minhas viagens”, conta a jovem chef, numa tarde ensolarada.

“Tenho especial ligação a África porque o meu pai era guineense, e ao Médio Oriente, pelos meus bisavós libaneses”, continua Inga. O gosto pelas especiarias veio daí, enquanto a prática de cozinhar surgiu quando “era muito nova”, com o apoio da mãe e da avó. Formada em Educação Social, nunca chegou a exercer, de tão atraída que foi pelo universo da cozinha. Tirou o curso em Lisboa, trabalhou com caterings de luxo, tornou-se mãe, e agora é vê-la brilhar na roda do Go a Lisboa.

Este espaço – cujo nome brinca com a palavra Goa e o logotipo incorpora o tabuleiro da Ponte 25 de Abril no tronco de uma palmeira – mistura várias referências étnicas, integrando também pufes e tapeçarias marroquinas. Os convivas podem sentar-se numa zona relvada, em sofás e pufes, sendo que as mesas de mármore são compridas para incentivar o quebra-gelo e há uma mesa para 40 pessoas. Já os mais afoitos podem sentar-se, ou mesmo deitar-se suspensos numa rede, com almofadas coloridas.

O ambiente descontraído convida à partilha dos pratos, cujo tributo a Goa propõe caril de camarão com coco e especiarias e chacuti de frango, por exemplo. Nas criações autorais, a chef Inga Martin destaca a barriga de porco em sous-vide com beurre blanc (molho francês que tradicionalmente acompanha peixe), inspirada nos torresmos da avó; e o polvo com harissa (molho marroquino) e húmus de beterraba.

Quem optar por sabores mais internacionais encontrará vários itens de brunch. Há ovos, croissants, torradas compostas, doces, iogurtes e frutas. São valores seguros, por exemplo, o croissant com ovos mexidos, bacon e abacate; os ovos benedict com salmão fumado, molho hollandaise de miso em bolo do caco; e a torrada de húmus de beterraba e abacate. Nas bebidas, o bartender Lucas Jacques (ex-Seen) sugere 10 cocktails originais, e também há mimosas, smoothies e cerveja artesanal produzida pela muito conhecida Praxis, de Coimbra.

O Go a Lisboa tem várias áreas de estar. (Fotografia de Diana Quintela/GI)

A música é outro dos pontos fortes do Go a Lisboa, com a aposta em DJs e em atuações ao vivo (de jazz, bossa nova, entre outros) nas horas do pôr-do-sol. É isto que revela o brasileiro Felipe Di Cunto, um dos cinco sócios por detrás do projeto, em conjunto com Annabel Grima (maltesa com ascendência britânica), Francisco Reis (português), Timo Bruederl (alemão) e Yulian Patzelt (alemão com ascendência chilena). Em outubro, deverá abrir ainda o restaurante no piso inferior do terraço.

Este espaço está encaixado dentro de um troço do antigo Baluarte do Livramento, construído no século XVII para defender Lisboa, e terá também um bar de cocktails. Até lá, o Go a Lisboa funcionará ao ar livre e com uma loja logo à entrada, onde se pode comprar kimonos marroquinos e indianos desenhados por Annabel, e os chapéus unissexo da Teddy Hats, marca criada por Felipe e Timo, feitos à mão com lã e pele reciclada. A loja também vende leques, vinhos, gins e ginjas portuguesas.

 

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