É um livro cujo título faz justiça ao que que vamos encontrar nas páginas interiores. Fruto de uma iniciativa da Direção-Geral do Património Cultural, reúne o resultado de encontros de amantes e praticantes do desenho, que partiram para o terreno no decorrer das Jornadas Europeias do Património.
Nas suas páginas podemos encontrar uma paisagem do Douro, um teatro romano ou o Chapitô em Lisboa, o casario do Porto ou a estação de S. Bento, o monte do Mosteiro, em Vila do Conde, o vulcão da Lagoa do Fogo, em S. Miguel, ou um carro antigo preservado no museu de Angra do Heroísmo, na Terceira.
(Imagem: DR)
Margarida Donas Botto e Jorge Vila Nova lançaram o projeto, já em 2014, “animados pelo interesse pelo desenho, pelo património e pela viagem e pelo seu registo gráfico”. Quem melhor que os Urban Sketchers Portugal para fazerem esse registo, riscando a arriscando , “olhando para o património através do risco e das cores arriscando, em simultâneo experiências sobre o papel e as práticas de dimensão pessoal”?
Desafio lançado, o passo seguinte foi partir para o terreno em diferentes pontos do país. O resultado vai além dos monumentos ou do património classificado. João Carlos dos Santos, diretor-geral do Património, explica que o projeto abrange “tanto a obra de arte como a ruína, a arquitetura de um edifício ou o monumento clássico, o lugar-ambiente, os denominados centros históricos – a cidade antiga e a cidade consolidada – e também o território e a paisagem humanizada e os saberes que a transformaram”.
Para além do registo gráfico, a iniciativa visa dar a conhecer o património de maneira lúdica, inclusiva e transversal, ultrapassando barreiras do género, idade, origem e formação profissional. Este livro acaba por ser uma amostra diversa dos diários gráficos dos “desenhadores do quotidiano” que a abraçaram.
(Imagem: DR)
(A)riscar o Património, de vários autores
Caminho das palavras
112 páginas
PVP: 14,85 euros
