Hollywood, a nova série de Ryan Murphy que já é das mais vistas na Netflix

Hollywood, a nova série de Ryan Murphy que já é das mais vistas na Netflix
Depois de Glee, American Horror Story ou Nip/Tuck, Ryan Murphy aposta em Hollywood, retrato da era dourada da meca do cinema. Já é uma das 10 mais vistas da Netflix.

Em fevereiro de 2018, Ryan Murphy deixava a Fox, para a qual tinha escrito e produzido séries emblemáticas como «American horror story», “American Crime Story”, “9-1-1”, “Glee” ou “Nip/Tuck”, e por 300 milhões de dólares assinava contrato com a Netflix. Durante 5 anos, ou seja, até 2023, produzirá conteúdos exclusivos para a plataforma de streaming. “Hollywood” já está disponível e é a primeira minissérie resultante dessa parceria.

Retrato da era dourada da meca do cinema norte-americano, a ação centra-se num punhado de atores que tenta a todo o custo chegar ao estrelato. Com os percursos e as ligações das personagens, o produtor executivo mostra uma faceta intermédia e não tão sombria (olhe-se para a antologia “American Horror Story”) nem tão colorida (“Glee”) como mostrou anteriormente. Não deixa, ainda assim, de colocar esta nova história no top das 10 mais vistas da Netflix.

Aliás, êxito é o resultado de quase todas as suas séries. Em comum, têm a temática das relações entre pessoas do mesmo sexo muito presente na maioria delas. A razão é simples: Murphy é homossexual assumido. Casado com o fotógrafo David Miller desde 2012, após 15 anos de namoro, tem dois filhos, nascidos de barrigas de aluguer.

Revelar-se tal como é nem sempre foi fácil: «Eu era considerado muito estranho, muito ‘bicha’, muito incomum. Os meus trejeitos e a minha voz foram ridicularizados por executivos em reuniões», contou, há cerca de dois anos, sobre os seus primeiros tempos em Hollywood, onde chegou depois de ter trabalhado como jornalista no “The Miami Herald”, “Los Angeles Times”, “New York Daily News”, “Knoxville News Sentinel” e “Entertainment Weekly”. Foi nesta fase da sua vida, nos idos anos 1990, que escreveu o argumento a que chamou “Why Can’t I Be Audrey Hepburn?”. Steven Spielberg comprou-o, mas a trama nunca chegou aos ecrãs.

Nada que atrapalhasse o sucesso (até mais em termos de mediatismo do que de audiências) destinado desde que andava na escola, onde era presidente do clube de fãs de Meryl Streep, mesmo com todo o bullying que sofria dos colegas. Em casa, junto de uma família conservadora e humilde na cidade de Indianápolis, no estado da Indiana, escondia a sua orientação sexual: conta que era às escondidas que namorava os atletas populares da escola. As suas séries, dizem, exorcizam todas as mazelas que a infância e a adolescência deixaram.

A sua personalidade vincada, essa, foi decisiva para que atingisse os seus sonhos, os mesmos que procuram as personagens de «Hollywood». O próprio explica porquê: «Em televisão, tem de ser ‘sim’ ou ‘não’. Eu sou muito preto no branco sobre o que gosto e o que não gosto, e sempre fui assim. Sempre fui pessoa de amar ou odiar. As pessoas também me amam ou me odeiam. Não há aqueles ‘hmmm’».

 

Nip/Tuck

Foi o primeiro projeto a solo para a Fox de Ryan Murphy, que não só criou a história em torno da vida profissional e pessoal de dois cirurgiões plásticos, como também realizou e produziu vários episódios das suas 6 temporadas. Com «Nip/Tuck», recebeu a sua primeira nomeação para os Emmy.

Nip/Tuck.

 

Glee

É uma das séries que mostra o lado mais colorido do showrunner. Se «Nip/Tuck» espalhou o seu nome, «Glee» fixou-o. Série musical em torno de estudantes que lidam com bullying, sexualidade e complicadas relações familiares, deu a Murphy o primeiro Emmy. Venceu ainda dois Globos de Ouro.

Glee.

 

American Horror Story

Série antológica de terror. Jessica Lange esteve nomeada para os Emmy durante quatro anos consecutivos e venceu-o em dois. AHS, abreviatura pela qual ficou conhecida, também rendeu a Lady Gaga um Globo de Ouro de Melhor Atriz. As gravações da 10ª temporada foram suspensas devido à pandemia de Covid-19.

American Horror Story.

 

Hollywood

Ryan Murphy criou-a em conjunto com Ian Brennan. Um grupo de atores e cineastas na Hollywood pós-Segunda Guerra Mundial tenta a fama, independentemente das consequências. No elenco estão Darren Criss, a diva da Broadway Patti LuPone e Jim Parsons. Os sete episódios já estão disponíveis na Netflix.




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