O Atelier Karaka, um estúdio criativo especializado em estamparia manual em tecido, nasceu há cinco anos, no Porto, pela mão de Marta Afonso, que trabalhava como designer de comunicação numa empresa de mobiliário urbano, mas sentia falta da parte mais inventiva e manual. Por isso, decidiu despedir-se e pôr as mãos na massa. Teve aulas de modelação, costura e vestuário, recuperou conhecimentos, entregou-se à experimentação, e tudo isso fez crescer a vontade de criar um projeto de desenvolvimento de têxteis à medida, partindo de técnicas artesanais de estampagem.
Fotografia: Pedro Correia/GI
Paralelamente, Marta dedicou-se ao ioga, que lhe deu confiança e novas perspetivas. Descobriu que kara, em sânscrito, significa fazedor, aquele que faz à mão; e assim nasceu o Atelier Karaka, que é o mesmo que dizer: “uau, eu fiz isto à mão!”. “O nome tem uma certa infantilidade, e isso associa-se às técnicas, muito imediatas. Pode-se fazer as coisas com mais leveza, abraçar o erro”, explica, rodeada de ferramentas como goivas, carimbos gravados manualmente e uma coleção de tecidos com padrões trazidos de viagens.
No seu espaço de trabalho, agora em Vila Nova de Gaia, onde também dá formação (através de workshops presenciais e online), faz projetos à medida, edições limitadas ou peças únicas para enquadrar em decoração de interiores, eventos ou coleções, pondo a tónica na exclusividade. Tudo é construído de raiz, do esboço ao tecido impresso, sob o olhar atento da cadela Lili.
Fotografia: Pedro Correia/GI
A designer tem algumas coleções próprias (vende lenços, quadros em tecido ou postais ilustrados), mas trabalha sobretudo por encomenda, o que também ajuda a evitar o desperdício – as preocupações ecológicas são assumidas, até pela escolha de tecidos de fibras naturais e tintas não tóxicas à base de água. Tanto cria um padrão novo, diretamente com o cliente final, como atua em parceria com arquitetos, decoradores e outros profissionais.
Marta aceita encomendas de tecido estampado, simplesmente, ou de peças acabadas: almofadas, colchas, cortinados, toalhas, individuais de mesa e outros têxteis-lar, assim como algum vestuário. O macacão que traz vestido, por exemplo, tem o seu traço. “Isto acaba por ser slow fashion associada ao design de interiores. O cliente fica com objetos têxteis únicos, criados para ele – mais ninguém tem igual”, conclui.
Fotografia: Pedro Correia/GI
Aulas de ioga
Marta Afonso também é professora de ioga. Neste momento, dá aulas online, em tempo real, ou através de vídeos gravados. Preço: 20 euros/mês.
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