O projeto, que exigiu um investimento de 3 milhões de euros, funciona num edifício histórico, classificado como de Interesse Municipal, na Avenida Menéres. Tem como objetivo dar conhecer o património da histórica conserveira e das suas marcas, de que são exemplo a Pinhais e a Nuri; e também “contribuir para a preservação e valorização da indústria conserveira de Matosinhos”, lê-se, em comunicado.
As visitas guiadas, pensadas para todas as faixas etárias, convidam a descobrir a fábrica e o seu espólio, bem como a história da Pinhais e da indústria conserveira, que assumiu particular importância na Europa, aquando das duas Grandes Guerras. Inclui prova de produtos da casa e uma passagem pela loja, que reúne conservas e peças de coleção.
Os participantes têm acesso a conteúdos digitais e a experiências bem concretas, como a do empapelamento, ou seja, o embrulhar das latas usando as técnicas das artesãs. A Pinhais orgulha-se de “manter em pleno século XXI um método tradicional raro em toda a sua produção, representando a génese do setor, tal como era há 100 anos”, observou a diretora de marketing da empresa, Patrícia Sousa.
“Este projeto apresenta características únicas no setor do turismo industrial, será um museu-vivo com uma dinâmica muito própria e grande ligação às tradições de Matosinhos”, afirmou, por seu lado, a presidente da Câmara Municipal, Luísa Salgueiro. “A autarquia entende ser um equipamento estratégico e de grande valia para o desenvolvimento económico da região.”
Exposições temporárias, serviços educativos e workshops deverão integrar a agenda do museu, cuja data de inauguração está por anunciar.
Longitude : -8.2245