As árvores portuguesas que chegaram à final do concurso Árvore Europeia do Ano

As árvores portuguesas que chegaram à final do concurso Árvore Europeia do Ano
Plátano do Rossio, em Portalegre. (Foto: Árvore do Ano)
O centenário Plátano do Rossio, um dos símbolos de Portalegre, é candidato a Árvore Europeia do Ano 2021, com a vencedora anunciada no dia 17. Desde que Portugal participa, só venceu uma vez. Conheça as curiosidades e histórias desta e outras finalistas nacionais, que trazem sombra, calma e beleza de norte a sul.

É o maior exemplar ibérico da sua espécie e já testemunhou o início de namoros e clubes de futebol, debaixo dos seus ramos e folhas. O centenário Plátano do Rossio, em Portalegre, está carregado de histórias, às quais se pode juntar mais uma. É esta a finalista portuguesa na 11.ª edição do concurso Árvore Europeia do Ano, que tem estado a votos nas últimas semanas, tendo em conta a beleza e o peso histórico das candidatas verdes.

A seu lado, tem a companhia de 13 concorrentes, entres estes uma amoreia búlgara, macieira checa, carvalho eslovaco e azinheira espanhola. A votação já terminou e a vencedora do concurso será anunciada a 17 de março.

Para chegar a finalista europeu, o plátano derrotou outras árvores como a Oliveira do Mouchão, em Abrantes, o Bravo do Pinhal do Rei, em Leiria, ou o Carvalho de Calvos, em Póvoa de Lanhoso. É hora de conhecer as curiosidades e histórias das finalistas nacionais dos últimos anos, aguçando o apetite para as ver de perto, em breve.

 


Plátano do Rossio, Portalegre

Finalista de 2021
Idade: 183 anos
Altura: 25 metros
Espécie: platanus híbrida

Tem 25 metros de altura mas é do alto dos seus 183 anos que se torna numa das mais antigas árvores portuguesas de interesse público e no maior plátano ibérico. De sotaque alentejano, este plátano foi plantado pelo botânico José Maria Grande no Jardim do Tarro, o pulmão verde onde cabem esplanadas, bancos e zonas de exercício. É debaixo da sua copa, de 27 metros de diâmetro, que se encontram namorados ou amigos para conversar, até no inverno, quando está despida de folhas. Outra curiosidade: o Sport Club Estrela surgiu debaixo deste símbolo portalegrense.

O plátano de Portalegre. (Fotos: Árvore do Ano)

 


Castanheiro de Vales, Vila Pouca de Aguiar

Finalista de 2020
Idade: mais de mil anos
Altura: 21 metros
Espécie: castanea sativa

O perímetro do seu tronco soma 14 metros, mas é a idade que impõe respeito: tem mais de mil anos. É uma das árvores mais grossas em Portugal e está situada em Tresminas, em Vila Pouca de Aguiar, ao lado de paisagens agrícolas. Encontra-se dentro de propriedade privada, mas o dono tem o portão sempre aberto e convida “todos a passar por lá e contemplá-la”, explica o concurso. A cavidade que tem no tronco “era ponto de referência das brincadeiras das crianças” da região. Para dar continuidade à espécie, estão a plantar-se outros exemplares na aldeia de Vales.

Castanheiro de Vales, em Vila Pouca de Aguiar

 


Azinheira Secular do Monte Barbeiro, Mértola

Finalista de 2019
Idade: 150 anos
Altura: 10 metros
Espécie: quercus rotundifolia lam

A sete quilómetros da aldeia de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, esta azinheira destaca-se no cenário de montado em que se insere, maior do que as vizinhas da mesma espécie. A vencedora do concurso de 2019, que ficou em terceiro lugar na edição europeia, tem uma copa com um diâmetro de 23 metros. Ou seja, quatro ou cinco vezes maior do que a das azinheiras de tamanho normal, o que a torna numa companheira preciosa num dia de calor no Baixo Alentejo. Encostado ao seu tronco, contempla-se a vastidão da planície alentejana e respira-se tranquilidade.

A Azinheira Secular do Monte Barbeiro.

 


Sobreiro Assobiador, Águas de Moura

Finalista de 2018
Idade: 238 anos
Altura: 16 metros
Espécie: quercus suber

O concurso já tem mais de uma década, mas só em 2018 ganhou a participação portuguesa. Com uma estreia que não podia ter corrido melhor. Este sobreiro venceu a edição europeia, feito que ainda não se voltou a repetir. É no concelho de Palmela que está plantada esta árvore bicentenária, inscrita no Livro de Recordes do Guinness como o maior sobreiro do mundo. Além do contributo para a indústria da cortiça, tendo já sido descortiçado mais de vinte vezes, este sobreiro é um dos locais preferidos na zona para o pouso de pássaros, em especial ao final da tarde.

O Sobreiro Assobiador de Águas de Moura.




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