Apetece clicar aqui: O mundo e as pessoas aos olhos de Rita Neves

O labor árduo dos pescadores de xávega da Costa da Caparica, que Rita Neves fotografou no verão passado, é uma dessas histórias de resiliência humana que tantas vezes conta através da lente.

Nesta imagem, onde se vê Adelina, uma pescadora de 79 anos, rodeada de gaivotas à chegada do peixe, Rita retrata a estreita relação dos pescadores com “as suas companheiras de pesca”, e a realidade de uma faina dura. “Foi uma das experiências mais gratificantes que tive enquanto fotógrafa e como pessoa”, admite.

Aos olhos de Rita, a figura humana assume um papel especial. A condição humana e a relação desse elemento com o espaço são temas que sempre a apaixonaram, e que se repetem largas vezes no seu trabalho. A fotografia tem-na acompanhado desde criança, quando viu pela primeira vez o pai a revelar fotografias. “Fiz uma birra e obriguei-o a explicar-me como fazia aquilo. É uma história que me é muito querida. Nunca vou esquecer a primeira vez que vi uma fotografia aparecer no papel”, conta a designer de comunicação, que em 2016 decidiu criar uma página de Instagram, como uma espécie de diário fotográfico que a obrigasse a pegar na câmara diariamente.

A cidade, principalmente Lisboa, de onde é natural, tem sido um dos seus palcos principais, ainda que a fotografia de rua não lhe seja muito confortável, admite, por ter uma personalidade mais tímida e reservada. A pandemia veio adiar os planos de uma viagem pelo Mundo, onde esperava encontrar novos cenários para fotografar. Por isso, por enquanto, continuaremos a ver retratos como este, da pescadora Adelina, de uma vendedora de limões no mercado, um cliente no barbeiro, um utente do metro ou do comboio, todos embrenhados no seu quotidiano.

Espaço de liberdade
A fotógrafa tem ainda outro perfil de Instagram, raw_eyes_of_rita, que define como um laboratório experimental, onde se propõe a fotografar “coisas diferentes”.




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