A segunda farmácia mais antiga do Porto tem um museu escondido

«Fundada em 1804», lê-se na fachada da Farmácia Moreno, a segunda mais antiga do Porto e uma das mais antigas de Portugal. Se a fachada em ferro é atrativa, mais curioso é o museu, de entrada gratuita, que fica no primeiro andar.

O museu da Farmácia Moreno, no Largo de São Domingos, testemunha os mais de dois séculos de história deste estabelecimento, que no passado também esteve envolvido na produção e comercialização de medicamentos.

Lá estão, por exemplo, uma entubadora automática rotativa, uma máquina de encher xaropes ou uma máquina de enrolar cigarros. «Antigamente, enrolava-se cigarros com propósitos medicinais», explica o proprietário, João Almeida.

No museu, criado há dois anos, também se pode ver a fórmula original, escrita manualmente, de um dos medicamentos ainda hoje comercializados e cuja propriedade intelectual é da Farmácia Moreno: o laxante «Doce alívio», para a prisão de ventre.

Em exposição estão ainda almofarizes, seringas, postais com mais de 150 anos, cartazes publicitários, uma mala com 150 essências e outros objetos, devidamente identificados.

A história desta que foi considerada a Farmácia do Ano, em 2016, é tão recuada, que tem ligação com o famoso crime da Rua das Flores. Rodrigo Sousa Moreno, um ex-proprietário que, além de farmacêutico, era médico, esteve envolvido na primeira autópsia feita no âmbito daquele que foi o primeiro caso de toxicologia forense registado no país, conta João Almeida.

Outra curiosidade, segundo a mesma fonte, é que, certa vez, um produto da Farmácia Moreno salvou a Rainha D. Maria II da morte, o que motivou um elogio da mesma – merecido, diga-se.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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