7 projetos para cuidar e adornar o corpo nascidos durante a pandemia

Pandemeia. (Fotografia: Miguel Pereira/Global Imagens)
Os últimos meses viram nascer negócios ligados à moda e à cosmética natural, como sabonetes artesanais e meias divertidas, acessórios criativos e vestidos versáteis, para usar quando regressarmos à rua.

Arrábida.Mar (Todo o país)
Cuidados naturais inspirados pela Arrábida

(Fotografia: DR)

Adepta de um estilo de vida ecológico e contra os testes da indústria dos cosméticos em animais e o lixo provocado pelas embalagens plásticas, a setubalense Beatriz Martins, de 26 anos, começou por interessar-se pelo tema a nível pessoal – pesquisando e fazendo sabonetes experimentais em casa -, mas rapidamente percebeu que havia potencial para criar uma marca. E assim o fez – uma vez que o setor da Cultura, em que trabalhava, parou – lançando a Arrábida.Mar no Instagram, no final do ano passado.

Os sabonetes (de vários formatos), champôs sólidos, sais de banho, velas aromáticas e bálsamos labiais são feitos artesanalmente e não têm conservantes. Os champôs sólidos são de hortelã, lima e aloe vera, por exemplo; e os sabonetes à base de argila verde, alecrim e lavanda. O preferido de Beatriz é o de pés de cereja, café e chocolate e com perfume a laranja. Tudo natural: os corantes são minerais, os perfumes vêm de óleos essenciais e as ervas aromáticas, como a alfazema ou o alecrim, são colhidas num terreno perto do Parque Natural da Arrábida. AR

Web: instagram.com/arrabida.mar
E-mail: [email protected]
Entregas na zona de Setúbal e por CTT para o resto do país (incluindo ilhas).
Preço: produtos dos 2,50 aos 7 euros.


Muss (Todo o país)
Sabonetes artesanais feitos em família

Catarina e Inês Bastos começaram a fazer sabonetes com a mãe. Ao interesse que descobriram em família, juntaram a vontade de terem um projeto próprio que refletisse as preocupações ambientais de ambas, e em novembro criaram a marca MUSS. “Todos temos de dar, e cada vez mais, ao nosso planeta, de maneira a reduzir ao máximo o impacto negativo que causamos. Sabendo que os sabonetes são usados diariamente, tentamos que este pequeno gasto seja o mais sustentável possível”, explicam as irmãs, de 20 e 18 anos, naturais de Azeitão. Os sabonetes são feitos à mão, a partir de uma base de glicerina, e com ingredientes naturais, como alecrim selvagem, laranja, rosas, café, e em grande parte locais, como o mel da Serra da Arrábida, produzido pelo pai das fundadoras da MUSS. AC

Web: instagram.com/musssoaps
Entregas na zona de Azeitão. Envios pelo correio para todo o país.
Preço: sabonetes a 2,50 euros.


Funky Garden (Todo o país)
Adornar as orelhas com flores alegres

Camila Feres sempre gostou de brincos, de tal forma que um dos seus hobbies passava por andar de mercado em mercado à procura de pares especiais. Foi durante o primeiro confinamento, depois de ter regressado a Lisboa, e após ter terminado o curso de Design Gráfico, em Barcelona, que ponderou criar as suas peças. A ideia inicial era usar acrílico, mas por sugestão de uma amiga experimentou fazer flores com massa de fimo, “uma espécie de plasticina que vai ao forno”, explica. E resultou. Do forno, as flores saltaram para as orelhas das amigas, e as imagens nas redes sociais fizeram o projeto crescer “de uma maneira que não estava à espera”. Instalou o atelier na oficina Maria16 e lançou recentemente o site, onde há quase vinte variações de cores dos brincos florais, com padrões marmoreados e axadrezados, disponíveis nos tamanhos Mini e Big. ALS

Web: funkygardenatelier.com
Preço: brincos a partir de 14 euros


Pandemeia (Todo o país)
Meias divertidas para todos

Este projeto surgiu da união de esforços e conhecimentos de três amigos atingidos pelas adversidades laborais da pandemia, em Guimarães. Bruno Silva, formado em gestão, trabalhava numa empresa têxtil quando recebeu a notícia do despedimento; João Meireles, com anos de experiência na indústria das meias, ficou em layoff; e o mesmo aconteceu a Diogo Pereira, que trabalhava com vestuário. O confinamento, porém, deu-lhes inspiração para criar a Pandemeia, que junta com humor a “pandemia” às “meias”.

No início também tiveram máscaras sociais e t-shirts, mas as meias desportivas (compostas por 80% algodão, 15% poliamida e 15% elastano), de tamanhos universais para adultos e crianças, sempre foram o produto estrela. As peças distinguem-se pelos padrões coloridos e pelas mensagens alegres, alusivas aos slogans #vaificartudobem e #stayhome, entre outras. E também as há inspiradas na Covid-19, no Natal e no Dia dos Namorados. “É um produto pioneiro” – diz Bruno – e útil, pois não há pior sensação do que a de ter os pés enregelados. AR

Web: instagram.com/pandemeia
E-mail: [email protected]
Tel.: 912718737
Preço: 4,75 euros (meias adulto); 3,50 euros (criança)


Layers Clothes (Todo o país)
Do embrulho japonês às malas reversíveis

Malas em tecido, inspiradas na técnica japonesa milenar de transporte chamada “furoshiki”, são feitas à mão por Joana Godinho Ferreira, farmacêutica, que em setembro passado se viu incluída no despedimento coletivo da empresa onde trabalhava. Rapidamente pôs mãos à obra, aplicando às malas de estética minimalista os conhecimentos que tinha adquirido em vídeos no YouTube sobre costura. A técnica japonesa teve que ser adaptada àquilo que Joana pretendia, para lhes conferir reversibilidade, segurança, com um botão entre as alças ajustáveis. A partir daí, selecionou tecidos de cores sólidas e outros com padrões, e começou a lançar duas malas por mês. Dada a quantidade limitada de certos tecidos, algumas das versões têm poucas unidades, que são sempre produzidas após a compra. Nos próximos meses, Joana vai lançar versões em cores vivas, e, no futuro, pretende usar deadstock para as suas criações. ALS

Web: facebook.com/layersclothes; instagram.com/layersclothes
Preço: a partir de 40 euros


Elisa (Todo o país)
Vestidos à medida para qualquer ocasião

Quando era criança, Joana Ferreira Simões costumava desenhar roupa nos cadernos da escola, mas nunca pensou seriamente em seguir Moda. Formou-se em Comunicação e no ano passado começou a trabalhar em Turismo, para logo depois ficar desempregada. Este contratempo levou-a a pensar novamente na ideia de ter a sua própria marca e, fazendo uso do que aprendeu nas aulas de costura que frequentou em 2019, começou a fazer vestidos em casa. Em agosto, nasceu a Elisa, a marca que recebeu o nome da bisavó. O projeto arrancou com dois modelos, num tecido acetinado, que foram um sucesso. Em Dezembro, Joana lançou uma nova coleção com três vestidos em tons nude: chocolate, caramelo, moca e marshmallow. Os desenhos continuam a cargo da fundadora da marca, mas agora são executados por uma costureira, seguindo os ideais de slow-fashion. “Queria que fosse algo mais profissional, mas nunca quis fazer nada em fábricas, não quero que seja uma produção em massa”. Os vestidos são feitos por encomenda, com base numa tabela de tamanhos que podem ser adaptados a cada cliente. AC

Web: instagram.com/ournameiselisa
Preço: vestidos a partir de 60 euros


Matilde (Todo o país)
Alta joalharia democrática

Promover a alta joalheria sustentável é o objetivo de Matilde Mourinho, que acabou de lançar a marca de joias Matilde. Após vários anos a estudar moda e a trabalhar em indústrias criativas, Matilde foi-se apercebendo dos “efeitos negativos que a indústria joalheira pode ter no meio ambiente”, conta.

Quis, então, criar peças sem tanto impacto ambiental, e, ao mesmo tempo, a um preço acessível. A “joalheria não deve custar valores astronómicos ou estar fora do alcance daqueles que querem afirmar os valores em que acreditam através dos seus acessórios”, afirma. Assim, a marca utiliza apenas ouro reciclado, diamantes de laboratório, embalagens amigas do ambiente e processos 100 por cento transparentes, “sem qualquer tipo de intermediários”. As joias estão disponíveis para compra online. LM

Web: matildejewellery.com




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