Este Axis à moda do Minho é um resort para amantes de golf ou para quem quer experimentar a modalidade. Ou então, para quem quer apenas estar confortável no meio da natureza e experimentar o que a vila mais antiga do país tem para oferecer. Com 18 buracos, este campo, da autoria dos irmãos Daniel e David Silva, tem um traçado que percorre ambientes diversos – de montanha, planura e ambiente rural. Caraterísticas que não são assim tão usuais, explica La Salete Correia, diretora do Hotel Axis Golf em Ponte de Lima.
O cenário, seja nos primeiros nove buracos, que percorrem uma encosta arborizada com castanheiros, sobreiros, carvalhos, ou nos nove últimos, mais planos por zonas rurais, com vinhas, lagos, árvores de fruto, é só por si, chamativo. Numa época em que os praticantes desta modalidade são menos do que eram há 23 anos anos – quando o campo foi inaugurado – o hotel quer tirar o peso do elitismo muitas vezes associado a este desporto.
Hoje em dia «há menos pessoas a jogar golfe», diz a diretora, isto porque «hoje há modalidades mais apelativas». O facto de o hotel ser de três estrelas, e não quatro ou cinco, pode contribuir para isso. Sendo que o preço é acessível, sem que se perca ainda assim qualidade de serviço ou de instalações.
«Costumo dizer que este é um três estrelas com tiques de quatro», diz a diretora, principalmente quando de fala do serviço ou mesmo na qualidade e do tamanho dos quartos, decorados com simplicidade e com janelas de alto a baixo – no primeiro andar também com grandes varandas para o campo. Por querer estar estar bem integrado no espaço, o edifício não choca com a paisagem, pelas suas cores de pedra e pelas suas linhas retas. É sóbrio e elegante.
Aberto em 2003, o hotel foi pensado principalmente para dar apoio aos golfistas que se dirigiam a Ponte de Lima para jogar (a vila não tinha na época a oferta de hotelaria que hoje tem). Entretanto, as tendências mudaram e hoje, apenas 15 por cento dos hóspedes ficam no complexo por causa do golfe, sendo que a maior parte dos golfistas são franceses. «Em França, este conceito vende-se bem. Os franceses gostam dos preços, ficam rendidos, dizem que lhes faz lembrar França há 50 anos».
O campo de golfe começa e acaba à volta do edifício do Club House (Clube de Golfe de Ponte de Lima), «como é habitual nos campos do norte».«Todos os campos do Norte têm um club associado, cujo objetivo é juntar as pessoas e criar um espírito de clube», diz. Ao lado do edifício fica o restaurante do hotel, aberto ao público em geral, também muito bem enquadrado no espaço que o circunda.
O edifício surgiu da recuperação da antiga casa das Quinta das Pias (uma das duas por onde passa o campo, a outra é a Quinta do Anquião). Aproveitando o verde da paisagem, o restaurante abre-se ao exterior através de janelas panorâmicas. E é pontuado com esculturas de Dinis Ribeiro, artista bracarense. Aqui come-se comida tradicional portuguesa e alguns pratos internacionais. Para todos os gostos, a mesma paisagem.
Longitude : -8.57327280000004
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