O espaço é pequeno – do tamanho certo – e todo ele continua forrado com imagens de ícones revolucionários, cada um à sua maneira. Um poster do jornal satírico francês Charlie Hebdo contracena com outro de ‘Che’ Guevara. Uma foto de Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, partilha protagonismo com um mural de Zeca Afonso e um poster de Vitorino onde o próprio escreveu: «Um enorme abraço para o meu camarada Luís».
O camarada Luís Tavares figura em várias fotografias espalhadas pelas paredes da Rampinha; numa dessas, está sentado à mesa com Camilo Guevara, filho de ‘Che’, que, um dia, de visita ao Norte, ficou a saber que numa pacata vila minhota um senhor, com tanto de louco quanto de revolucionário, abrira um bar que todos conheciam como o bar do ‘Che’.
Em 2013, o Jornal de Notícias dava conta da morte do Xaixa: Ponte de Lima perdia um dos seus ícones, mas não perderia a Rampinha. Pouco tempo depois, a cervejaria foi reativada sob a gestão de César Monteiro que, no espaço que o seu amigo criou, resolveu dar corpo a um sonho antigo e trabalhar com cervejas artesanais.
Na carta constam vinhos, whisky, gin, mas o forte são as 40 referências de cerveja artesanal e vários estilos de cerveja à pressão, Pilsner, Weissbier, entre outras. Há opções para todos os gostos e há, sobretudo, opções que afinam o gosto à medida que se provam sabores tão diferenciados. As cervejas são sempre acompanhadas por pratinhos de petiscos ou bifanas.
A música está a cargo de José Caçador, mas a cada 25 de Abril, às 24h00, o gira discos cala-se e, em uníssono, os presentes entoam Grândola, Vila Morena. Boa música, boas histórias e boas cervejas: tem tudo para correr bem.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.
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