Tenista português abre hotel Conquistador Palace em Guimarães

Hotel O Conquistador, em Guimarães. (Miguel Pereira/Global Imagens)
João Sousa, o melhor tenista português da atualidade, número 140 do Mundo (já foi o nº 28), decidiu investir na sua cidade natal, Guimarães, onde é conhecido por “Conquistador”, e abriu um hotel com esse nome, no centro histórico, a partir da recuperação de um antigo palacete.

Apesar das constantes viagens, para competir em torneios do circuito mundial, o apego a Guimarães levou-o de volta a casa. “Na verdade, é mais paixão que investimento”, reconhece João Sousa. “Quando comprei o edifício a ideia era recuperá-lo, porque o meu pai tem uma grande paixão por objetos antigos e pelo restauro”.

Porém, no decurso do processo, começaram a achar que aquela casa enorme, a um passo do largo do Toural, era demais só para eles e assim nasceu um projeto em que está envolvida a família. O pai do tenista foi o responsável pelo restauro e a cunhada é a diretora do hotel. João Sousa fala com carinho do seu hotel, mas ainda não se vê a fazer outra coisa sem ser jogar ténis.

Os sinais da ligação deste hotel ao atleta “conquistador” são muito discretos. Não há troféus nem fotos triunfais, antes quadros nas paredes dos quartos, a remeter para cidades ou torneios onde competiu – cuja presença não se reconhece sem aviso.

(Miguel Pereira/Global Imagens)

A outra referência ao ténis aparece na forma como são identificados os 14 quartos de áreas generosas. “Podíamos ter feito mais quartos, mas isso desvirtuava o edifício com a construção de paredes e, com mais hóspedes, não poderíamos oferecer o serviço de alta qualidade que pretendemos ter”, afirma João Sousa.

Os quartos do 1º andar têm o nome dos quatro torneios do grand-slam: Melbourne, Roland Garros, Winblendon e Nova Iorque. No 2ºandar, os nomes são os das cidades com torneios ATP 1000. E, no piso superior, os alojamentos Kuala Lumpur, Valência e Estoril correspondem os torneios conquistados pelo tenista.

A obra de recuperação levou seis anos, não só para os trabalhos, mas também para encontrar mestres e restauradores. A intenção foi criar todo o conforto da vida moderna, sem exibir nenhum dos seus fios ou aparelhos.“Está tudo escondido nas paredes, o que obrigou a um trabalho muito maior. Nalguns casos foi preciso deitar abaixo e voltar a fazer de acordo com as técnicas originais”, explica João Sousa. O antes e o depois da obra podem ver-se em fotos nas paredes.

João Sousa, tenista e proprietário do hotel. (Miguel Pereira/Global Imagens)

Por todo o hotel há detalhes a evidenciar o cuidado do restauro. Ele revela-se nas pinturas das paredes, na enorme porta com um vitral que separa a receção do acesso aos quartos, no corrimão da escada em caracol, na claraboia e no chão em longas réguas de carvalho. Num quarto, o gesso do teto surge-nos como um intrincado rendilhado que se estende bem além da roseta central; noutro, uma parede revela a recuperação do tabique. Os objetos que o pai do tenista foi acumulando ganharam nova vida: torneiras trabalhadas, uma banheira de pés, um biombo.

A cinco minutos a pé do Largo da Oliveira, o Conquistador Palace abriga, nas traseiras, um improvável pátio com piscina. O pouco movimento é garantia de noites descansadas e o estacionamento resolve-se com o vizinho parque de Camões (ele próprio vencedor de prémios de arquitetura).

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Mapa da ficha ténica
Morada
Rua de Camões 106, Guimarães
Telefone
253144110
Custo
() Preço: quarto desde 160 euros, com pequeno-almoço incluído.


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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