A história de Ana Ribeiro – a diretora deste hotel que marca a estreia do grupo Turim no arquipélago madeirense – é um bom exemplo de como a Madeira encanta de amores quem nela aterra. Sendo o único membro continental na equipa, confessa à Evasões o quanto a ilha a apaixonou desde que aceitou o desafio de trocar o hotel Turim onde trabalhava em Lisboa pela direção do novo Santa Maria, no Funchal. O plano seria ficar apenas um ano ou dois, e já lá vão quase três.
A profissional diz que encontrou, na ilha, a tão ambicionada qualidade de vida, com tudo o que necessita (e tinha à mão no continente), apesar da sensação de finitude por ser um local rodeado de oceano. Se para quem lá vive há questões práticas a ter em conta, para quem a visita importam mais aspetos como o estado do tempo – sempre ameno, mas temperamental -, o modo de deslocação na ilha, e onde encontrar os pratos típicos como a espetada, o picado, o bolo de mel e a poncha.
Foi justamente para alojar quem passaria a chegar à ilha por via aérea, através do então novo aeroporto da Madeira inaugurado em 1964, que teve lugar a construção do Hotel Santa Maria. Emblemática, a unidade funcionou até 2007 e esteve mais de uma década votada ao abandono, até passar para o portefólio do grupo e abrir como Turim Santa Maria Hotel no final de 2019, após uma reabilitação urbana. Foi uma expansão natural para o grupo, que soma 14 hotéis em Lisboa.
“O piano de cauda do antigo hotel faz agora parte do bar The Garden, que presta apoio à receção, e na sala do restaurante Santa Maria, onde servimos os pequenos-almoços e as meias-pensões, mantivemos uma parede de azulejos originais”, conta a diretora Ana Ribeiro. Mais do que mudanças profundas, a remodelação trouxe apenas novas varandas exteriores e uma atualização do hotel a nível de espaços e equipamentos. No terraço, o bar e a piscina exterior já existiam.
Este espaço, com vista de 360 graus sobre a envolvente, convida a desfrutar de um vinho ou de uma poncha enquanto se admira a cidade e a marina do Funchal, ou a própria serra e as pendulares cabines do teleférico. No verão, a piscina reúne duas dezenas de espreguiçadeiras para estirar o corpo ao sol e haverá uma carta de snacks e bebidas de apoio. A mesma vista, com o mar ao fundo, alcança-se das varandas da maioria dos 91 quartos de várias tipologias, espaçosos e acolhedores.
O hotel tem-se revelado “uma surpresa total”, confessa a diretora, tendo em conta o interesse que suscitou na área da hotelaria e a grande procura registada, sobretudo com estadas longas (para reservas até 17 de abril e estadias até ao final do ano, há 15% de desconto). A localização é um dos trunfos, estando a apenas alguns minutos a pé do Mercado dos Lavradores e da Baixa do Funchal, onde se concentra a maioria dos espaços que os turistas procuram na cidade.
O que visitar perto
Mercado dos Lavradores
Este mercado foi inaugurado em 1940, na zona de Santa Maria, no Funchal, com uma arquitetura entre o modernismo e a Art Déco e grandes painéis de azulejos da Faiança Batisttini de Maria de Portugal, pintados com temas regionais. No interior, é grande a azáfama às sextas-feiras e sábados de manhã, altura em que a parte central do mercado fica repleta de agricultores a vender as suas colheitas. A oferta é rica e vai das coloridas frutas exóticas, como a pitaia e vários tipos de maracujá, às carnes, especiarias, flores e peixe fresco, entre outros produtos locais e regionais.
Longitude : -16.903881400000046
Longitude : -8.2245