Como viver o Funchal e arredores (da poncha à arte contemporânea)

O Mercado dos Lavradores, no centro do Funchal. (Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)
Na costa sul da ilha da Madeira fica a capital do arquipélago, vibrante de turismo, comércio e cultura. É uma cidade com história e vistas deslumbrantes, onde não faltam atividades de lazer. Eis algumas sugestões.

Visitar o Mercado dos Lavradores

O Mercado dos Lavradores, na zona histórica do Funchal, foi inaugurado em 1940 e apresenta uma arquitetura própria do Estado Novo. Tem um pouco de tudo, mas salientam-se as frutas exóticas, dadas a provar à colher – da pitaia (ou fruta-do-dragão) às muitas variedades de maracujá além do roxo, usado para fazer a famosa bebida gaseificada Brisa Maracujá. Graça Lopes, guia intérprete oficial, aconselha a visita à sexta-feira e ao sábado de manhã, quando a parte central se enche de agricultores com os seus legumes a preços mais convidativos.


Passear entre Portas com Arte

Bem perto do Mercado dos Lavradores, na Rua de Santa Maria, há uma galeria ao ar livre sempre visitável. São portas de casas, lojas e outros espaços, intervencionadas há uns anos por artistas e artesãos locais, no âmbito do projeto “Arte de Portas Abertas”. Vale a pena admirar estas “Portas com Arte”, coloridas com desenhos de animais, pessoas, anjos, sereias, barcos ou flores.

(Fotografia: Artur Machado/GI)


Garimpar na Livraria Esperança

Amante da literatura que se preze vai querer dar um salto à Livraria Esperança, considerada uma das maiores do Mundo, e com várias particularidades: além de estar na mesma família desde 1886, tem mais de 107 mil livros expostos, de capa, em cerca de 20 salas, num antigo palácio. É o sítio ideal para encontrar fundos de catálogo e títulos exclusivos de autores madeirenses.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)


Subir de teleférico e descer num carro de cesto

O Monte, freguesia do Funchal, é conhecido pela descida vertiginosa em carros de cesto manobrados por homens com solas de pneu nas botas. A viagem de dois quilómetros até ao Livramento, custa 15 euros por pessoa, se o carro for partilhado (há de dois e três lugares), ou 25 euros, a solo. Para subir até lá aproveitando para gozar a paisagem, basta apanhar o teleférico na zona velha da cidade. O bilhete custa 11 euros, num só sentido, ou 16 euros, ida e volta. O teleférico funciona todos os dias; os carrinhos de cesto páram ao domingo.


Caminhar até Câmara de Lobos (e beber poncha)

Uma forma de chegar a Câmara de Lobos, vindo do Funchal, é caminhar rente ao oceano pela “promenade” que começa no Lido. Tem alma piscatória, esta cidade que deve o nome ao lobo marinho, espécie protegida representada num mural de Bordallo II, na baía de Câmara de Lobos.

Em poucos passos, vai-se do miradouro de onde Winston Churchill pintou aquele cenário, em 1950, à Capela de Nossa Senhora da Conceição (ou do Calhau), mandada erguer, em 1420, por João Gonçalves Zarco, um dos descobridores do arquipélago. Na paisagem destacam-se os barcos de pesca e os bares a anunciar a famosa poncha. Conta Graça Lopes que a poncha à pescador leva aguardente de cana de 50 graus, sumo de limão e açúcar, em vez de mel, porque este “era caro” para os homens do mar.

Apreciar a vista do Cabo Girão

Data de 1953 a construção do miradouro original do Cabo Girão, tido como um dos promontórios mais altos do Mundo, com 589 metros de altura. A vista desafogada é o grande atrativo deste espaço, servido por café, loja de lembranças e sanitários.


Sonhar com a Festa da Flor

A Festa da Flor, que se realiza no início da primavera, foi adiada para outubro, devido à pandemia. O cortejo alegórico daquele que é um dos principais eventos turísticos da Madeira está marcado para o primeiro domingo desse mês.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

 




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