O novo São Vicente Alfama Hotel junta tradição e modernidade

A estátua de São Vicente, do século XIX, exposta à entrada do hotel ajuda a desfazer o mito de ser Santo António o padroeiro da cidade. O santo mártir de Saragoça morreu no século IV em Valência, durante a invasão muçulmana da
Península Ibérica, e o seu corpo foi colocado à deriva num barco, tendo dado à costa em Sagres, no atual Cabo de São Vicente. A relação mais íntima com o país – e com Lisboa – deveu-se ao empenhamento de D. Afonso Henriques em recuperar as ossadas do santo. Encontradas em 1173, as relíquias foram transportadas para Lisboa numa nau guardada por dois corvos, segundo reza a lenda, e colocadas no mosteiro de São Vicente de Fora, que já estaria em construção.

Esta história será em breve contada num adereço junto à estátua, mas é apenas um motivo para os portugueses e forasteiros partirem à descoberta. A viagem começa dentro do hotel, aberto no edifício do antigo Instituto de Artes e Ofícios da Fundação Ricardo Espírito Santo. Antes mesmo de entrar num dos confortáveis 22 quartos,
vale a pena descer à Wellhouse, uma sala com livros de viagens e gastronomia e preparada para acolher workshops de cerâmica, degustações, jantares privados e exposições de azulejaria local. Os azulejos da fábrica de azulejaria e faianças de São Vicente que decoram os quartos podem inclusive ser comprados na receção, assim como os amenities da Benamôr e outros produtos.

A textura da pedra lioz, a welcome drink de licor de amêndoa amarga e grãos de café que os hóspedes são convidados a preparar no quarto e a variedade do buffet e dos pratos quentes do pequeno-almoço são outros dos trunfos do hotel. Já o restaurante P.tisco propõe uma carta de matriz portuguesa a preços convidativos e está também aberto aos passantes do bairro de Alfama. Todos os dias os hóspedes recebem, ainda, uma dica de programa para conhecer a cidade.

 

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