Hotel O Cante homenageia o cante alentejano às portas de Évora

A suíte do Hotel O Cante, em Évora. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)
Évora, capital do centro-sul de Portugal e cujo centro histórico é considerado Património Mundial da Unesco desde 1986, ganhou um hotel de quatro estrelas que em tudo homenageia os cantares tradicionais alentejanos.

Évora revela-se sempre uma cidade encantadora, não importa as vezes que se a visite. Eleita Património Mundial da UNESCO em 1986 por ser “o melhor exemplo de cidade da idade de ouro portuguesa após o terramoto de Lisboa de 1755”, tem no centro histórico, fundado ainda antes do período romano, o seu ponto alto arquitetónico e cultural.

O cante alentejano, nascido em ambiente rural, relaciona-se intimamente, também, com a cidade. Graças a uma orgulhosa candidatura do município de Serpa e da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, que a câmara de Évora apoiou fortemente, o cante alentejano foi classificado Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2014.

A suíte do hotel tem um deck com banheira de hidromassagem. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)

Sete anos volvidos, é homenageado no novo Hotel O Cante, aberto no verão, a 200 metros de distância a pé da Porta de Alconchel, na muralha que circunda o centro histórico. Quem chega, depara-se com uma equipa de rececionistas vestidos de acordo com as indumentárias típicas do cante alentejano e com um sorriso por trás da máscara.

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Além desse pormenor, todo o ambiente remete para o imaginário rural e agrícola: há revestimentos em cortiça, fotografias antigas da vida no campo (cedidas pelo arquivo fotográfico municipal) e até uma máquina debulhadora de cereais – antigamente puxada com tração animal -, assim como outros ícones associados à lavoura do campo.

Os 50 quartos – dos quais 26 estúdios equipados com micro-ondas, lava-loiça e máquina de café – seguem a mesma linha de homenagem à ruralidade e ao cante tradicional, tendo mantas alentejanas sobre as camas e estrofes de cantares inscritas nas paredes, versando sobre ícones como o pastor, a cortiça, a ceifeira e a vindima.

No pátio interior rodeado de oliveiras pode-se ir a banhos de piscina quando o calor aperta, pedir um snack no bar de apoio ou assistir a competições desportivas transmitidas num écrã gigante. É também ali que acontecem, pontualmente, provas de vinhos de produtores locais. O hotel dispõe também de uma sala com banheira de hidromassagem, banho turco, sauna e de uma sala de massagens relaxantes.

Os ícones alentejanos estão em toda a decoração do espaço. (Fotografia de Paulo Spranger/GI)

Já o expoente dos prazeres do gosto é o restaurante Ponto Alto, liderado pelo chef Tiago Ribeiro. Natural de Sintra, passou por vários hotéis antes de ir para Évora, há cinco anos, trabalhar no Convento do Espinheiro. Ali, assina uma carta de raiz alentejana baseada nos produtos e receituário tradicionais, com uma abordagem contemporânea.

Sopa de beldroegas, sopa de tomate com lascas de bacalhau, enchidos regionais e ovo escalfado, lombinho de porco preto com esmagada de batata doce e molho de mel e mostarda e sericaia com ameixa de Elvas são algumas das sugestões. Aos sábados, os jantares são animados pelas vozes poderosas do grupo de cantares Os Almocreves, com cerca de 30 cantadores.

 

Passagem de Ano
O programa inclui welcome drink, jantar com DJ, fogo-de-artifício na piscina, champanhe e passas e brunch tardio no dia 1, por 385 euros/2 pessoas.

 

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Mapa da ficha ténica
Morada
Avenida São Sebastião, 1, Évora
Telefone
266703648
Custo
(€€) Quarto duplo a partir de 119 euros/noite; estúdio a partir de 129 euros/noite (inclui sempre com pequeno-almoço).


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




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