Hotel Quinta das Lágrimas: histórias e lendas num antigo palácio

A fachada do Hotel Quinta das Lágrimas. (Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)
Num palácio do século XVIII, erguido numa propriedade com quase sete séculos, ligada à paixão trágica de Pedro e Inês, nasceu o Hotel Quinta das Lágrimas, que comemora 25 anos.

O Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, iniciou as comemorações dos seus 25 anos com o lançamento, em junho, de um livro de receitas próprias, assinadas pelo chef Vítor Dias e pela sua equipa. Estão lá as instruções para reproduzir os pratos em casa, mas nada como saboreá-los no restaurante de “fine dining” Arcadas, onde continuam a ser servidos alguns deles – desde logo, a sobremesa que surge na capa, em forma de coração, representando os amores trágicos de Pedro e Inês.

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

É um cinco estrelas carregado de história e de lendas, numa quinta com quase sete séculos, indissociável daqueles apaixonados, mas também da rainha Santa Isabel, avó de Pedro. Foi ela quem, em 1326, mandou construir um canal para levar a água de duas nascentes da Quinta das Lágrimas (outrora Quinta do Pombal) até ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, nas proximidades. Por lá passou também, em 1813, o Duque de Wellington. Aquando da sua visita, foram plantadas duas sequóias que perduram, majestosas.

O hotel, num antigo palácio do século XVIII, reconstruído na sequência de um incêndio, em 1879, e cercado por 12 hectares de jardins, deve muito do seu magnetismo aos espaços exteriores. Por algum motivo foram introduzidas, em maio, experiências ao ar livre, como piqueniques ou banhos de bosque na mata.

Entre os locais de visita incontornável estão a Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas. A primeira fica junto a uma figueira-da-austrália de raízes exuberantes e porte monumental, que é dos maiores exemplares da espécie em Portugal; da segunda se diz que nasceu das lágrimas de Inês, ao ser assassinada, e que o seu sangue ficou gravado na rocha.

Claro que também existem motivos de interesse no interior deste membro da rede Small Luxury Hotels of the World, inaugurado em 1995.

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

(Fotografia: Maria João Gala/Global Imagens)

Há 55 quartos, de diferentes estilos, distribuídos por três alas: palácio, jardim e ala nova. Nesta última, projetada pelo arquiteto Gonçalo Byrne, fica o spa. Os hóspedes têm acesso a duas piscinas (uma exterior e outra interior, com água aquecida), à academia de golfe (por um valor pago à parte), mas também a duas jóias patrimoniais: a capela, não consagrada, outrora usada para casamentos de família; e a imponente biblioteca, dominada pela madeira, com teto trabalhado, claraboia e uma escada oculta – outro segredo a descobrir.

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