Uma viagem pelo mundo à boleia de três sopas para provar no Porto

O pho um dos pratos mais representativos da gastronomia vietnamita pode ser provado no restaurante Olá Vietnam, na zona do Campo Alegre. (Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)
Um fragrante pho leva-nos ao Vietname, um creme de milho evidencia sabores norte-americanos e a sopa azteca é uma paragem no México.

OLÁ VIETNAM | PORTO
Pho

(Fotografia: Artur Machado/Global Imagens)

No Olá Vietnam, o pho é servido a fumegar, deixando um perfume pelo caminho. São precisas 12 horas até este saboroso e aromático caldo estar pronto, explica Nguyen Van Phuc, proprietário, e responsável por preparar esta que é uma das receitas mais emblemáticas da gastronomia vietnamita.
Numa primeira fase cozem-se os ossos, de vaca ou de frango e deixa-se ferver essa água com gengibre, alho, cebola, cardamomo, anis, canela, coentros e folhas de lima. Depois, juntam-se os noodles de arroz e a proteína escolhida, que tanto pode ser carne de vaca, de frango ou camarão. O pho de camarão, conta Nguyen, não é uma receita tão tradicional como as outras duas, mas a procura por pratos de peixe, associada à linha costeira do Vietname, com cerca de 2 mil quilómetros e diversidade de marisco, tornou populares pratos com pescado. O pho, que tanto pode ser comido com pauzinhos, com uma colher ou sorvido, trata-se, ao contrário daquilo que alguns possam imaginar, de um prato principal, e não de uma entrada, pelo que a taça onde é servido é grande e a porção generosa.
O resto da carta é uma viagem pela cozinha do Vietname, confecionada por Luu Thi Hong Nhung, esposa de Nguyen, ambos vietnamitas. Há crepes de porco, de camarão e de tofu, perna de porco caramelizada, servida com arroz, e, para sobremesa, iogurte de jaca e lótus ou gelatina de algas com líchia e leite de coco.

MUNDO | PORTO
Sopa cremosa de milho e bacon

(Fotografia: Pedro Granadeiro/Global Imagens)

Recriar “uma sopa americana, do sul dos Estados Unidos da América” foi a intenção de Pedro Ribeiro, chef-executivo da Zona Norte do grupo Fullest, ao idealizar este prato curioso de cor amarela e sabor suave, ligeiramente agridoce.
No restaurante Mundo, na Rua da Picaria, onde se dão a provar os paladares de vários pontos do globo, como Ásia, Norte da Europa, América do Norte e do Sul, viajamos até ao Texas com este creme de milho e bacon, levemente baseado no “corn chowder”, típico do estado sulista. Apesar de o prato poder deixar reticente quem não é tanto dado a aventuras gastronómicas, o chef garante que “quem a prova, adora”, até porque os sabores são bem familiares.
Ali, a receita leva água, batata, alho, cebola, bacon e milho doce, e é finalizada com camarão, espigas de milho em formato miniatura, micro verdes, xarope de ácer – para dar um toque de melaço -, e shichimi togarashi – um molho japonês que vai buscar as notas picantes tão presentes na comida do sul dos EUA.

FRIDA | PORTO
Sopa azteca

(Fotografia: Leonel de Castro/Global Imagem)

No México, a sopa azteca “come-se em todo o lado, desde a tasca até ao restaurante gourmet, e mesmo em casa”, explica João Marques, acrescentando que o nome se deve ao facto de ser um prato típico do centro do país, onde o povo asteca se estabeleceu.
Esta é uma das diversas receitas de comida tradicional mexicana que se prova (agora também ao almoço) no Frida, o restaurante que João e Soledad Calvillo, sua mulher, abriram há oito anos, na Rua de Adolfo Casais Monteiro.
O prato também conhecido por “sopa de tortilla”, trata-se de um creme de tomate, que no restaurante é vertido sobre uma tigela que chega à mesa com tirinhas fritas de tortilha, cubos de queijo fresco, abacate e pedacinhos de “chile pasilla”. Esta malagueta seca de cor escura, de sabor fumado e apenas ligeiramente picante, é o que dá alma à sopa, preparada por Soledade, como são, de resto, todos os pratos da carta – muitos deles, receitas de família.
Após esta reconfortante entrada, há opções como os tacos – o prato mais vendido -, o magret de pato com mole de zarzamora – um molho com mais de 30 ingredientes, entre eles, cacau, amoras, “chiles” e sementes -, e as cordornices en pétalos de rosas.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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