Touril & Celso celebra verão com carta renovada, na Zambujeira do Mar

Filetes de peixe com arroz de tomate, um dos pratos da carta do Touril & Celso. (Fotografia: DR)
O restaurante Touril & Celso abriu-se aos clientes de visita à Herdade do Touril, na Zambujeira do Mar, com uma carta mais leve e uma sala renovada.

Entra-se na nova sala do restaurante da Herdade do Touril e tem-se a sensação de que ela sempre ali esteve, com uma lareira ao canto para aquecer os dias frios e o chão de terracota Santa Catarina. Esta sala inteiramente nova, montada durante a pandemia, é a faceta mais imediata da renovação do Touril & Celso. Pela primeira vez, o restaurante abriu aos clientes que não estão alojados na Herdade do Touril.

Luís Leote Falcão, administrador deste que é um dos mais antigos turismos rurais da costa alentejana, dá conta disso mesmo e de outros pormenores discretos, como uma mesa de carpintaria e um louceiro antigos, transformados em peças de arte. Porém, mais do que estética, a nova roupagem deste espaço agradável à beira da piscina traduz-se em novos sabores: mais frescos, leves, e sempre alentejanos.

(Fotografia: DR)

 

Mantendo a parceria firmada há quatro anos com a Tasca do Celso (aclamada casa em Vila Nova de Milfontes), o Touril decidiu apostar numa equipa e menu próprios e juntá-los aos pratos do Celso que já estavam disponíveis (agora, na totalidade, só ao jantar). Ao almoço e durante o dia reinam as propostas do chef residente Miguel Batista, muitas delas feitas com hortaliças, ervas aromáticas e frutas ali produzidas.

É o caso dos pickles e da beterraba apresentados no couvert e dos legumes usados na sopa e num surpreendente ceviche. Da cozinha do chef sai ainda uma salada de polvo da Zambujeira do Mar com chouriço, cenoura, coentros e azeite, e o talharim da casa com bimis salteados, ovo escalfado e queijo curado. Miguel, nascido em Odemira há 39 anos, tem um especial carinho pelo mar, pois sempre viveu perto.

“O meu pai é pescador lúdico e eu aprendi caça submarina muito novo. Estive na Marinha, depois tirei o curso de Cozinha e ao fim de uns anos num restaurante em Tomar, comecei a sentir falta do oceano”, confessa à “Evasões”, acrescentando que era sempre ele que cozinhava para a irmã, e que a ligação familiar à restauração veio da avó paterna. São essas memórias que o inspiram, em parte, na cozinha.

Por isso, nos principais a carta propõe também uma generosa posta de bacalhau cozinhado a baixa temperatura com puré de raízes, broa de milho, nozes e molho de rúcula; enquanto na carne surgem bochechas estufadas de porco preto de um produtor local, com batata doce de Aljezur e tomate cherry confitado. A fechar, vale a pena provar o chantilly vegan com frutos silvestres e pó de pão preto.

Ao jantar, os clientes podem conjugar estes pratos com os clássicos da Tasca do Celso, também executados pelo chef Miguel Batista e a sua equipa de cozinha. Há camarão ao alho, filetes de peixe-galo com arroz de tomate, bife do lombo e lagartinhos de porco preto, por exemplo. Para acompanhar, no copo, a carta de bebidas aposta em boas sangrias, vinhos portugueses, gins regionais e aperitivos.

 

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.




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