Receita de cabrito assado no forno com arroz de miúdos

Não há rebento mais saltitão e brincalhão do que o cabrito, sobretudo se lhe for dada a encosta pedregosa para se divertir, subindo e descendo sem parar. Tarda mais a crescer do que o leitão, mas faz-se reserva de sabor e tenrura que não dispensamos. O chef Belmiro de Jesus, do Bel’Empada, dá-lhe uma volta especial, que partilha connosco esta semana.
Cabrito assado no forno com arroz de miúdos
(4 pessoas)

Ingredientes para preparar o cabrito
– Meio cabrito limpo com cerca de 2,5 kg
– 250 g manteiga
– 6 dentes de alho esmagados
– Pimenta preta q.b.
– 0,5 l vinho branco
– 2 dl whisky
– 1 colher de chá de colorau

Preparação
– Fazer uma pasta com a manteiga, alho, pimenta preta e o colorau.
– Barrar a carne com a pasta produzida e colocar num tabuleiro fundo de barro.
– Regar com o vinho branco e o whisky e levar ao forno a 180°C por duas horas.

Ingredientes para o arroz de miúdos
– Miúdos de um cabrito cortados em cubos pequenos
– 250 g arroz carolino
– Pimenta preta q.b.
– 2 folhas de louro
– 2 dentes de alho
– 1 cebola média picada
– 1 dl azeite virgem extra
– 1 colher de sopa de banha de porco
– 1 dl vinho branco

Preparação
– Fazer um estrugido com o azeite, banha, cebola, louro e alho e colocar o arroz, envolvendo bem.
– Juntar os miúdos e o vinho branco, deixando suar.
– Retirar as folhas de louro.
– Levar ao forno em recipiente de barro, deixando cozer até ficar solto.

Texto do crítico Fernando Melo
Diz o povo «leitão de mês, cabrito de três» e não se engana. Trata-se de dois bichos sacrificiais que articulamos bem no receituário camponês, mas damos mais importância ao cabrito, ao longo de todo o ano. De qualquer forma, a ambos damos marinada e assadura delicada, se possível em forno de lenha e apresentamos inteiro na mesa, para partilha com a família.

O chef Belmiro de Jesus, do Bel’Empada, em Lisboa, desenvolveu uma técnica diferente de tratar o cabrito, resultando invariavelmente num prato suculento, daqueles que apetece sempre e, quando há, nunca é suficiente para satisfazer a gula. Como é seu apanágio, revela todos os detalhes da receita, tal como é executada no restaurante.

Impossível não ficar surpreendido com a utilização de whisky na preparação do cabrito no tabuleiro em que vai ao forno, bem como a impregnação da pimenta preta em pasta de manteiga e alho, esta próxima da que se utiliza para preparar o leitão para o sacrifício pelo fogo. Certo é que no final a delícia está servida e agrada sempre.

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