São menos de 300 metros de extensão, mas nesta calçada entre o Largo do Calhariz e o Largo Dr. António de Sousa Macedo encontram-se sinais de importantes períodos históricos da cidade e do país. A começar pelas imponentes fachadas dos seus edifícios. O Palácio Marim-Olhão, construído no segundo quartel do século XVIII, ao início da rua, acolheu os condes de Castro Marim e os marqueses de Olhão e foi onde, mais tarde, se instalaram o Correio Geral (1801-1881), o jornal Revolução de Setembro (1849-1890), uma conservatória do Registo Civil (no início da República), a Confederação Geral do Trabalho, o jornal A Batalha e as Juventudes Monárquicas.
Um pouco mais abaixo, é impossível não olhar para a fachada do extinto Convento dos Paulistas, tornado paróquia de Santa Catarina – patrona dos livreiros – em 1835. Estas e outras histórias – inclusive a de como na Idade Média a rua era a principal estrada em direção a Cascais – conta-as o livreiro da Letra Livre, uma das quatro livrarias sobreviventes na Calçada do Combro e artérias próximas.
O nome da rua é sonante, mas desde cedo controverso, nesta que foi a Estrada de Santos ou da Horta Navia. Começou por chamar-se Bella Vista no século XVI, mas no século seguinte já surgiu como Calçada do Congro, ou Congo, por deturpação da toponímia. Combro significa «pequena elevação isolada de terreno», pelo que o sobe-e-desce é garantido e pede calma no passeio.
Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.