Dois anos depois de abrir as portas do Puro, na Rua Luciano Cordeiro, no Conde Redondo, António Amorim traz um pouco do Norte até ao coração de Lisboa, abrindo agora o seu restaurante para jantares. Se durante o dia, as propostas saudáveis são o forte da casa, com combinações de saladas, sandes, frutas e overnight oats – aos quais se juntará em breve o poke -, à noite a conversa é outra: a grande protagonista é agora a francesinha, ou não fosse o chef natural de Baião.
Desde os 14 anos que António Amorim, que mantém ainda a liderança do Restaurante A, em Torres Vedras, e da Fábrica do Pastel de Feijão, em Alfama [que também se prova no Puro], aperfeiçoa as suas francesinhas. Na altura, aprendeu a fazê-las com uma cozinheira do restaurante A Regaleira, que encerrou entretanto no Porto, mas que é conhecido como o berço deste petisco. «Ainda me lembro perfeitamente. Tinha a receita escrita a tinta verde num caderno já meio gasto», recorda Amorim, que tem no Puro cinco variedades de francesinha, a partir dos 9,20€.
À tradicional junta-se a especial, com ovo e batata; a de camarão, com molho de marisco; a vegetariana, que leva cerveja sem álcool no seu molho; e a de cogumelos Portobello e aros de cebola frita por cima. A dose é generosa, os molhos levam cerca de oito horas a ficarem prontos e são todos feitos de raiz – numa receita que levou Amorim três meses a chegar a apurar -, assim como a nova focaccia de alecrim.
Mas há mais novidades para provar no Puro, ao jantar. O suculento pica-pau de novilho e os pimentos Padrón com bacon são as melhores formas de começar a refeição. Bitoques, entrecosto marinado durante 24 horas, e o risoto de francesinha – que na prática é uma desconstrução da original, com nova disposição dos seus elementos -, são outras das novas propostas do restaurante próximo do Marquês de Pombal. Neste espaço com cozinha descoberta e jardim vertical com plantas verdadeiras, a despedida faz-se com um crumble de maçã, banana e chocolate, um bolo húmido de chocolate ou um leite-creme de alfazema.
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