Neste restaurante serve-se Baião no copo e no prato

O novo Hortas & Pratos, no Porto, é uma ode aos sabores de Baião, um lugar pensado para aliar boa comida aos vinhos da Casa das Hortas, ou simplesmente tomar um copo.

A Casa das Hortas produz vinhos há mais de 20 anos, na zona de Baião, e são precisamente as referências da casa o que primeiro se vê ao entrar no Hortas & Pratos, que abriu portas em julho. «O produtor queria estar mais perto dos clientes aqui no Porto, e ao mesmo tempo também dar a conhecer os vinhos a quem ainda não conhece», explica Helena Azeredo, a gerente do restaurante, que também é loja, e responsável por aconselhar a quem aqui vem o melhor vinho para cada prato.

«A comida é o que vem finalizar a prova», lembra, mas a própria carta faz-se destacar, repleta de sabores típicos da região e outros que a complementam com sugestões ecléticas. Os enchidos de Baião fazem as honras como personagens principais da tábua à Hortas & Pratos, que inclui também alguns queijos, regionais e de outras zonas do país. Mas não são os únicos produtos que, a par dos vinhos, chegam daquelas terras. O típico biscoito da Teixeira também é presença obrigatória no cesto do pão. «Tentamos diversificar, mas sem esquecer a nossa terra», explica Helena.

Assim, ao lado do bacalhau com migas, grelos e ovo escalfado, as costelinhas em vinha de alho, dobradinha, moelas e do pernil fumado (só ao sábado), estão também petiscos e pratos que reinventam e adaptam os sabores tradicionais. Caso do carré de borrego, da bruschetta de bacalhau em cebolada, dos filetes de sardinha com pasta de azeitona e pão de milho, e das várias massas que completam a carta. O auge da homenagem aos produtos de Baião é, talvez, o bazulaque, adição recente ao menu, um prato típico, «feito com os miúdos do anho, numa espécie de chanfana», explica Helena.

Nas sobremesas destaca-se um bombom recheado com vinho verde, acompanhado de gelado de baunilha e um cálice do colheita tardia da casa, o Portal das Hortas, produzido exclusivamente com a casta avesso, que apesar de ser de vinho verde dá origem a vinhos mais maduros e frutados, de alto teor alcóolico.

Além dos rótulos da casa, só chegam à mesa água, limonada e sumos naturais, e ainda uma caipirinha, feita com vinho verde, pois claro. Mas desengane-se quem pensa que aqui só há vinho verde. Das doze referências da Casa das Hortas, três são vinhos maduros, os Cabeça de Gaio. Todos disponíveis para prova, a acompanhar a refeição, ou na zona de lounge. De qualquer das formas é certo ficar-se rodeado por um ambiente que em tudo faz lembrar o vinho, a começar pelas vides penduradas no teto, os candeeiros feitos com garrafas de vidro, caixas de madeira, rolhas de cortiça, barricas escondidas debaixo do longo banco ao fundo da sala, e até a louça da Vista Alegre, que se assemelha às folhas das videiras.

Algo está a fazer com que o sistema não consiga mostrar a ficha ténica desejada. Pedimos desculpa pelo incómodo.

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