Aqui não há entradas nem pratos principais, antes frios, quentes e grelhados – todos no carvão – que podem ser combinados como o cliente bem entender. «Cada um escolhe a ordem que quer, até pode começar pela sobremesa», nota Mário Carvalho, diretor do Somos. Assim, às saladas criativas do chef, como a Caesar, que aqui não leva frango mas sim salmão, fumado na casa, juntam-se o ceviche de robalo ou o tártaro de vitela maronesa, que já se revelou um favorito, desde a abertura do restaurante, em março.
Ao lado dos pratos mais frescos figuram outros de sabores tipicamente portugueses, caso das lascas de bacalhau acompanhadas de um cremoso puré de grão de bico, ou ainda do polvo assado em cebolada, que partilham o protagonismo com sugestões inspiradas na comida do mundo. Fragola com pesto de tomate seco, caril de camarão, tempura de cogumelos ou ainda palitos de polenta são alguns dos petiscos que fazem viajar. Todos eles aromatizados com as ervas que crescem aqui e ali, em canteiros espalhados pela sala.
Na carta executada pelo chef Jorge Sousa há ainda um espaço reservado para os grelhados, um dos cartões de visita da casa, e que dividem a atenção das brasas entre o fresco peixe da costa, ali tão perto, e as carnes: posta de vitela maronesa, rib eye maturado ou ainda bife do lombo.
Da horta, no terceiro piso do edifício, chega também grande parte dos legumes utilizados na cozinha, caso das beterrabas, que deram o pretexto para um risoto que salta à vista, de cor e sabor ricos, pontuado com suculentos pedaços de cogumelos porcini.
O Somos ocupa o lugar onde antes estava o Poivron Rouge, no Hotel Crowne Plaza, mas não quer ser mais um restaurante de hotel. «Queremos que seja um lugar mais virado para a cidade, mais informal, onde as pessoas não tenham medo de entrar», explica Mário. É que para lá chegar não é preciso sequer passar pelo hotel. O restaurante tem vida e entrada própria, pelo jardim que também funciona como esplanada, de frente para a Avenida de Boavista.
A ajudar ao ambiente informal estão as compridas mesas, os painéis de madeira, sofás, pratos de padrões tipicamente portugueses que adornam as paredes e até os vasos, com oliveiras e outras plantas, que tornam o espaço acolhedor.
Ao almoço, está disponível um menu executivo que permite escolher entre seis pratos, dos 14 aos 16 euros, com guarnição, bebida a copo e café incluídos. «É o mesmo prato que podem encontrar ao jantar, mas ao almoço o resto está incluído no preço», nota Mário.
As iniciativas não ficam por aqui. Ao sábado há música ao vivo ao jantar, com um trio de bossa nova. Ao domingo é dia de brunch para toda a família, e à quinta a noite é comandada pelo sushi, ali feito na hora, e o gin. Todos os dias há uma boa razão para ir ao Somos.
Sobremesas gulosas
A lista de sobremesas não fica aquém das restantes sugestões. Mousses caseiras, de chocolate preto ou branco, partilham o protagonismo com leite-creme, cheesecake americano, arroz doce, marquise de chocolate com avelã e framboesas e vários gelados e sorbets.
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