O novo Arigato-Casica cruza as gastronomias da América Latina e Japão

Um tataki de lombo de atum fumado e um ceviche de peixe branco podem cruzar-se na mesma mesa desde que o restaurante Arigato reabriu como Arigato-Casica, no Parque das Nações, em Lisboa. Instalado em frente ao rio desde 2007 – tendo, na altura, democratizado o acesso ao sushi com o formato de buffet, e mais tarde com o “all you can eat” -, chegou o tempo de o Arigato posicionar-se noutro patamar.

O objetivo da mudança é aproximar o Arigato de um estilo japonês mais tradicional e autêntico, apostando em menus de degustação definidos com enfoque no cuidado da apresentação, e sem descurar a frescura do peixe. O ceviche, por alguns considerado o “sushi da América Latina”, é exemplo da união harmoniosa entre a cozinha peruana e nipónica. O interior renovado do restaurante reflete-o bem.

Quem entra no novo Arigato depara-se com pormenores decorativos que remetem para o Oriente, à direita, e com pinturas de aves tropicais, à esquerda. É uma transição suave, em tons de verde. As cozinhas são separadas, a cargo do chef Henrique Macedo no Arigato e do chef Vítor Hugo (ex Peixola e 100 Maneiras) no Casica, e têm em comum o bar, ao centro, que aposta nos cocktails de autor.

Do México chegam, por exemplo, tacos de caranguejo de casca mole com kimchi, abacate, coentros e salicórnia; e do Perú ceviche de corvina com granita de jalapeño, creme de abacate e castanha do pará. Boas para acompanhar também as peças de sushi são as chips de banana pão e de mandioca. Já no menu Arigato há tatakis, tempuras, gunkans, makis, temakis, nigiri, sashimi e pratos asiáticos.

Destacam-se o tataki de lombo de atum fumado e o gunkan de peixe branco e caranguejo de casca mole com chipotle mayo, assim como o ussuzukuri de peixe branco (peixe cortado finamente com molho ponzu, sobre uma cama de gelo). Os clientes indecisos podem optar pelos menus de degustação Arigato (ao jantar), Arigato-Casica ou pelo menu de almoço com entrada, sopa miso e 22 peças.