No The Folly, em Estremoz, os produtos alentejanos têm toques internacionais

O bao (pão coreano cozido a vapor) de pato desfiado com ponzu, gengibre e coentros é um dos pratos da carta do The Folly, em Estremoz. (Fotografia de Gerardo Santos/GI)
Na nova carta de outono do restaurante The Folly, em Estremoz, o chef Hugo Bernardo cruza ainda mais os produtos da região alentejana com influências internacionais, acompanhando-os sempre de bons vinhos.

Dentro do ambiente artístico e colorido do restaurante The Folly, na adega urbana Howard’s Folly, em Estremoz, o chef Hugo Bernardo não tem tido mãos a medir com a nova carta de outono, emparelhada com os vinhos Sonhador produzidos na casa. O menu herdou alguns pratos da carta de verão e aligeira, de certa forma, o peso dos pratos típicos alentejanos, na medida em que o chef trabalha com os produtos locais dando-lhes sabores de várias gastronomias, da Ásia, Itália e México.

Hugo Bernardo, de 42 anos e natural do Estoril, teve vários restaurantes próprios e passou por alguns outros antes de se fixar em Santa Vitória do Ameixial, próximo da qualidade de vida proporcionada pelo Alentejo. No The Folly, é um embaixador dos produtos da região, a começar pelos enchidos e carnes de fumeiro da Salsicharia Canense, em Sousel, cujo saber fazer de gerações é liderado por Octávia Rebelo. Dela traz cabeça de xara (porco), que serve com cebola roxa caramelizada e tostas.

É uma entrada leve e fresca, ainda que possa não ser consensual. Na carta, que se alonga em petiscos, há também tiras de bacalhau fresco em panko (pão ralado japonês) com maionese de laranja e mistura de ervas, para levar à boca sem medo de sujar os dedos. O bao (pão coreano cozido a vapor) de pato desfiado com ponzu, gengibre e coentros, e o borrego cozinhado lentamente em tacos de milho branco com couve, cebolinho e pickle de rabanete refletem as influências internacionais.

Entre outras opções encontram-se, por exemplo, bochechas de porco desfiadas em pão brioche, queijo cheddar, slaw de cebola roxa e couve-coração; polenta frita com tomate, azeite de ervas e parmesão; e uma criação de couve grelhada com puré de couve-flor, pinhões, coentros e vinho de Carcavelos. “O conceito do restaurante é baseado no vinho, por isso cada prato tem um vinho que o complementa”, explica o chef, fechando com uma encharcada, carpaccio de ananás e sorbet de framboesa.

 

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