Neste “altar do arroz”, como Renata Militão apelida o restaurante que abriu há oito anos com a mãe junto ao El Corte Inglés, todos os pratos integram o grão no estado natural ou transformado em farinha e vinagre, a partir dos quais Renata produz massa, pão e leite. A matéria-prima é comprada à Aparroz – Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado, de Alcácer do Sal.
Há 14 anos, a lisboeta de 39 anos formada em Marketing e Gestão estava em Nova Iorque com a mãe quando se depararam com um restaurante de arroz doce. “Só pode ser de portugueses, pensámos. Mas não era, e então percebemos que o arroz está presente sob muitas formas, em todo o mundo”. A inspiração dada por aquele episódio ficou em banho maria, até Renata, que fazia consultoria, decidir pôr as mãos na massa.

Renata Militão é a criadora do Rice Me. (Fotografia de Carlos Pimentel/GI)

Além do restaurante Rice Me (na fotografia), a marca tem uma pastelaria. (Fotografia de Carlos Pimentel/GI)
“Um nutricionista ajudou-nos a elaborar receitas saudáveis a partir de uma releitura da roda dos alimentos, por isso todos os pratos têm 350g divididas entre proteína, legumes e hidratos”, explica, apresentando como exemplo o naco de salmão grelhado ao mel com arroz preto e espinafres e o pad thai de camarão cuja massa é feita com farinha de arroz. O menu é abrangente e tem desde bolas de arroz fritas a canja de galinha, passando por tandoori de perú e risotos, incluindo sobremesas como arroz doce.
O tipo de arroz importa consoante a receita, mas além do sabor, influencia também o tempo de cozedura. Nos tradicionais arroz de tomate ou arroz de pato, por exemplo, Renata só utiliza Teti, da variedade Carolino. Há três anos, a dupla abriu o Rice Me Deli, com palmiers, croissants, mil-folhas e opções rápidas de almoço, sem glúten, que comprovam a transversalidade da culinária à base de arroz.

Também as sobremesas são sem glúten, aptas para celíacos. (Fotografia de Carlos Pimentel/GI)
Longitude : -9.152873399999976
Longitude : -8.2245