No balcão forrado num padrão de escamas, a montra mostra o peixe mais fresco do dia, com o atum, o salmão e o lírio dos Açores a serem presenças habituais, mas também o pampo, o robalo e a dourada. É neste canto que se ultimam, à vista dos comensais, as propostas de sushi de fusão que chegam da cozinha, pelas mãos do sushiman Alberto Araújo e da sua equipa.
Alguns destes pratos já são clássicos na carta do Hanaya, o japonês lisboeta aberto há cinco anos, que se renova este ano com novos detalhes na decoração, algumas novidades para provar e um novo nome. Troca o apelido pelo primeiro nome e passa agora a chamar-se Yohei, em homenagem a Yohei-Hanaya, considerado o primeiro sushiman e a quem se atribui a invenção dos nigiri. “Esta mudança surge numa aposta de maior proximidade com o nosso público”, explica Giscard Muller, o novo dono do restaurante na Quinta das Conchas, que já passou por espaços de referência da cozinha nipónica como o antigo Sushic, em Almada, o Nómada, em Lisboa e outras casas como o 100 Maneiras, de Ljubomir Stanisic, e o Avenue, de Marlene Vieira.
As janelas são amplas e deixam entrar bastante luz natural ao espaço interior, mas a esplanada é uma boa alternativa para quem prefira comer ao ar livre. Qualquer que seja a escolha, à mesa chegam rolos quentes em grupos de oito unidades, como o Hot Hanaya (salmão, camarão, espargos, tobikko e maionese picante, 16€) ou o Hot Shake (hosomaki de salmão com picadinho do mesmo braseado, teriaki e cebolinho, 8€), mas também os rolos de assinatura, como o futomaki King Crab (caranguejo e tempura do mesmo, atum e maionese picante, 18€), o Lisbon (salmão, atum, camarão, maionese japonesa, folha de arroz frita e tobikko, 16€),o Hanaya (tataki de atum, cebolas crocante e confitada, foie gras, atum braseado, 18€), o Ebi Maki (tempura de camarão, shiso, espargos, 16€) e o Spicy Tuna (atum picante, abacate e jalapeños, 16€). Há quase uma dezena de variedades de gunkan por onde escolher e combinados de sushi e sashimi (18 peças, a 22€ ou 20€ na alternativa vegetariana) para os mais indecisos. De segunda a sexta-feira ao almoço, o menu executivo custa apenas 15 euros e inclui uma sopa miso, uma entrada de 4 peças e um combinado de 14 unidades.
O foie gras e a trufa são duas das apostas da carta, que fazem “a ligação perfeita” com o sushi, conta Muller, mas de futuro já pensa incluir ingredientes como folha de ouro comestível e a carne wagyu para uns nigiri. Além do sushi, a oferta estende-se às gyosas de frango e legumes (6,50€, quatro peças), às tempuras de caranguejo de casca-mole, camarão panko e legumes (desde 10€), aos tataki de atum e salmão (18€ e 15€, 12 unidades) aos tártaros de atum e salmão (desde 13€), ao ceviche de peixe branco, aos carpaccios de atum, peixe branco e salmão (desde 14€) e aos canelones, como os de atum, acompanhados no recheio de caranguejo, maionese japonesa, molho triaki e cebola frita (14€, quatro unidades). O cheesecake desconstruído de citrinos é uma das opções para fechar a refeição.
As sugestões de saqués, gins e cervejas artesanais japonesas são uma das apostas da carta de bebidas, mas também as referências vínicas, todas nacionais. “A nossa garrafeira [à vista no Yohei] está mais extensa e eclética, com coisas diversificadas como, por exemplo, um verdelho feito na Madeira”, explica Giscard Muller, também ele com um percurso como escansão e consultor vínico.
Outra das novidades reside na aposta no takeaway e delivery. Para além de um serviço próprio de entregas num raio de 10 quilómetros da Quinta das Conchas [com extra de cinco euros até 5km e de 10 euros até aos 10km], e da presença nas plataformas da Uber Eats e Globo, o sushi do Yohei vai passar a estar, no primeiro trimestre do próximo ano, disponível para takeaway em quatro lojas criadas só para este propósito, que irão nascer no Páteo Bagatella e nas zonas do Parque das Nações, do Lumiar e de Algés. Além das propostas japonesas, estes espaços vão vender ainda charutos, cafés e vinhos, entre outros produtos.
Longitude : -8.2245