No novo Guelra, em Belém, há uma abordagem criativa ao peixe e marisco

"Ocean to table", do oceano para a mesa, é o lema do Guelra. (Fotografia: DR)
Peixe e marisco crus, curados e cozinhados são a aposta do Guelra, recentemente aberto em Belém, Lisboa. Na cozinha do projeto, liderado pelos mesmos donos do bem-sucedido O Frade, está o chef Manuel Barreto, focado no produto nacional e na contemporaneidade.

Do oceano para a mesa, lê-se em grandes letras brancas no topo do balcão de sete lugares do Guelra, um dos mais recentes restaurantes do bairro de Belém. Com design inspirado no interior de um navio cruzeiro e decoração em tons de branco e azul – da autoria da Deckora Design, da italiana Camilla Degli Esposti -, a esperada homenagem às artes de pesca e ao mar cumpre-se à mesa de forma feliz. Ao leme da cozinha está o chef Manuel Barreto e por detrás do projeto estão Sérgio e o irmão, Pedro Frade, donos d’ O Frade, no mesmo bairro.

Uma vez que nele já propõem uma abordagem moderna da cozinha portuguesa, no Guerla decidiram focar o trabalho no peixe e marisco da costa continental e açoriana, de qualidade reconhecida graças às águas frias do Atlântico. Com um ponto prévio: demarcarem-se das tradicionais marisqueiras, abordando o produto através da criatividade do chef, influenciado pela cozinha sul-americana, mediterrânica e japonesa. O resultado é um menu organizado em três momentos: petiscos para comer à mão, no balcão; entradas a dividir; e principais.

Camarão panado. (Fotografia: DR)

O primeiro momento convida os clientes a ocuparem os bancos altos à entrada, enquanto o chef Nuno Barreto controla os pedidos. Ostras ao natural ou à algarvia com picante e limão, tostada de camarão com romesco e molho ponzu e bacalhau ao cubo (sames, brandade e línguas confitadas) são as opções que inauguram a refeição – a par do couvert e do pão de fermentação lenta e brioche japonês. Já nas entradas para partilhar, ou comer sozinho, há puntillitas, tempura de algas, moreia frita e uma generosa sanduíche de atum, por exemplo.

Tártaro de atum. (Fotografia: DR)

Quem for à procura de peixe grelhado não o vai encontrar. “A nossa proposta é trabalhá-lo de forma diferente”, explica o chef. Os clientes devem perguntar que peixes há naquele dia, em função dos quais os acompanhamentos também variam. “Costumamos ter hamashi [da família do lírio], robalo, corvina, cavala, atum rabilho, moreia, pregado, bacalhau, camarão e ostras”. A finalizar, os churros com “toffee do mar”, a tarte de queijo e o creme de arroz doce são capazes de fazer esquecer o prego do lombo, tido como sobremesa nas marisqueiras.

Por ora, o menu é comum a todos os espaços do restaurante, incluindo a esplanada, mas a ideia é vir a servir menus de degustação “mais arrojados” na sala de cima, cujo teto tem um desenho marinho do artista Smile. Enquanto isso, valerá a pena experimentar a carta de bebidas, que inclui cocktails de autor (como o Guelra Sour, feito com vodka, limão e maçã), cervejas espanholas, vinhos de talha alentejana e de Borgonha, produzidos com Pinot Noir no tinto e Chardonnay no branco. Diogo Machado é chefe de sala e responsável pela carta.

 

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