Foi há mais de três décadas que nasceu a Fabridoce, na cidade dos moliceiros, na altura dedicada às ramificações da doçaria conventual, confecionando ovos moles de Aveiro, fios de ovos, trouxas de ovos, pão de ló, pudins ou queijinhos de amêndoa, por exemplo. A loja própria chegou mais tarde, em 2009, e com esta, chegou também o desejo de se estenderem ao universo da gelataria.
O mesmo aconteceu depois de enviarem os seus ovos moles para a Escola de Hotelaria do Estoril, e de serem surpreendidos quando um dos professores os transformou num gelado. “Achámos super interessante e lembrei-me logo ali, que devíamos desenvolver outros sabores e lançar a nossa marca”, explica Rui Almeida, diretor-geral da Fabridoce. A Gelados de Portugal chegou então em 2013, acumulando duas dezenas de sabores e combinações, com foco no produto nacional, desde o figo algarvio à banana madeirense, requeijão de ovelha de Idanha-a-Nova e ao mirtilo cultivado em Sever do Vouga.
Os clássicos como morango, baunilha e chocolate são os mais vendidos, mas o responsável não tem dúvidas: “O gelado de castanha com vinho do Porto é o meu preferido. É um sabor mais adulto”. O fruto usado vem de uma cooperativa em Vila Pouca de Aguiar e o topping do licoroso é feito na casa, formando uma combinação “fantástica”, não sazonal, mas disponível o ano todo, desde 2014.
“Os nossos gelados distinguem-se pelo sabor intenso, são densos e cremosos. Usamos uma elevada percentagem de castanha, para realçar o seu sabor”, conta o responsável. Requeijão com doce de abóbora, pastel de nata, caramelo com flor de sal de Aveiro e chocolate com suspiro são outras combinações de conforto que rimam com a chegada dos dias mais frescos, para provar em cone de bolacha ou em taça.
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