Marlene Vieira volta à TV com receitas de todas as regiões do país

(Fotografia: DR)
Com 22 episódios, a segunda temporada de "Cozinha de Chef" arranca esta quarta, dia 20, no canal Casa e Cozinha. De norte a sul e ilhas, o receituário tradicional de cada região leva uma nova abordagem da chef. A viagem começa no distrito do Porto.

Há um ano, Marlene Vieira estreava-se com a primeira temporada de “Cozinha de Chef”, dando a conhecer alguns dos pratos mais emblemáticos da sua longa carreira na cozinha. Agora, a chef dos restaurantes Marlene e Zunzum Gastrobar (no Terminal de Cruzeiros de Lisboa) e do Food Corner Marlene Vieira (no Mercado da Ribeira) está de regresso ao pequeno ecrã com a segunda temporada do formato. A estreia acontece esta quarta-feira, dia 20, pelas 21h, sendo o programa emitido sempre neste horário e nos dias úteis.

Esta temporada, que conta com um total de 22 episódios – 10 exibidos agora, outros 10 em junho e dois especiais em setembro, num destes últimos com a presença do marido de Marlene, João Sá, que venceu há um mês a primeira estrela Michelin para o seu Sála – será focado em pratos de cada região do país, adaptados à visão da chef nortenha. Cada episódio terá duas a três receitas e a viagem começa no distrito do Porto, com bacalhau à Gomes de Sá, pescada à Poveira e uma broa de milho.

“Dou sempre o meu toque [às receitas], não faz sentido fazer o que os outros já fizeram. Gosto de reproduzir o prato em si, buscar sabores ou técnicas tradicionais. Os ingredientes estão todos lá, mas demos-lhes uma nova abordagem. A tradição está sempre a evoluir. Hoje em dia, temos a obrigação de fazer evoluir o receituário tradicional. O objetivo é fazer com que toda a gente possa reproduzir a receita em casa, de forma fácil, e dar dicas em todos os programas, para que cada um possa replicar à sua maneira, com produtos que tem em casa. Quero que as pessoas deem asas à sua imaginação”, explicou Marlene Vieira, que, à semelhança da primeira temporada, gravou esta nova também no seu restaurante de fine dining, o Marlene. “Aqui estou em casa. As coisas ficam com uma dinâmica mais orgânica”, acrescenta.

O bacalhau protagoniza um dos pratos do primeiro episódio. (Fotografias: DR)

As tripas doces de Aveiro, os filetes de polvo com arroz do mesmo de Viana do Castelo, as bochechas de novilho à Lafões, em Viseu, os lombinhos de porco com morcela e Queijo da Serra, da Guarda, o bacalhau à Braga, a tiborna de sardinha de Peniche, os pitos de Santa Luzia, em Vila Real, são exemplos de pratos que compõem os novos episódios. Mas também o ceviche de peixe-espada, a piscar o olho à Madeira, o carpaccio de língua de vaca com agrião e molho tonnato e a salada beirã de favas com tomate e ovos de codorniz escalfados.

“A primeira temporada correu muito bem. Tivemos excelentes audiências, retorno mediático, editoras interessadas em publicar um livro com as receitas do programa [publicado no ano passado]. Para o canal, foi um dos maiores sucessos de 2023”, explica Diogo Alexandre, diretor de programação do Casa e Cozinha, disponível no cabo em todas as operadores.

O programa é gravado no restaurante Marlene, em Lisboa.

A chef afina pelo mesmo diapasão. “Foi um sucesso. Muita gente me veio parabenizar, por ser um programa sem medo de mostrar a verdadeira cozinha de um chef e que leva o público a arriscar ainda mais, para quem é fã de cozinha e está farto de ver sempre as mesmas receitas nos canais. Este traz mais risco e novos ingredientes. Não seria um programa da Marlene se não houvesse um bocadinho de risco e atrevimento”, conta a primeira mulher a entrar no top 10 dos Melhores Chefs Portugueses, nos prémios Mesa Marcada.

Os últimos dois episódios, ambos especiais, são os únicos que não se focam na cozinha das nossas regiões e, antes, traz receitas que mostram a influência portuguesa na culinária de territórios internacionais, como Moçambique, Brasil, Índia e Japão.




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