Luís do Outeirinho: neste restaurante, em Cabeceiras de Basto, o bacalhau é rei

(Fotografia de Leonel de Castro/GI)
Restaurante popular tem como cartão de visita o bacalhau assado com batatas a murro. Numa pequena aldeia virada para o monte da Senhora da Graça há casa cheia para comprovar a fama que o passa palavra fez crescer uma pequena tasca.

No passado mês de agosto houve festa; a casa celebrou 50 anos. De uma pequena tasca com mercearia, cresceu e hoje é um restaurante com capacidade para sentar 200 pessoas, em dois pisos diferentes. Quem vai ao “Luís do Outeirinho” na freguesia do Outeirinho, em Cabeceiras de Basto, vai, na esmagadora maioria, comer bacalhau. Postas generosas, assadas na brasa, acompanhadas com batata a murro, regado a bom azeite e alho. “A minha mãe começou a assar umas postas de bacalhau na brasa e começou a ganhar fama”, recorda José Sousa, filho de Luís, o fundador. Depois foi o passa palavra. “Começou vir gente de Fafe, Guimarães e de outras localidades”. O restaurante, instalado numa casa simples, sem luxos, virado para o monte da Senhora da Graça, no concelho vizinho de Mondim de Basto, cresceu. “Agora parou. Daqui não cresce mais”, garante José, que com as irmãs Deolinda e Rosa, elas na cozinha, ele na sala, partilham a gestão do restaurante.

O negócio está instalado numa casa simples, virada para o monte da Senhora da Graça. (Fotografia de Leonel de Castro/GI)

Se o bacalhau assado com batatas a murro é, por assim dizer, o prato-emblema do Luís do Outeirinho, os que não são apreciadores do fiel amigo, encontram alternativa na ementa. Desde logo na costeleta de vitela, servida com arroz e batata frita, mas se o cliente preferir, pode ser acompanhada com batata a murro. Aos sábados, domingo e segunda-feira, dia de feira semanal em Cabeceiras de Basto, há vitela assada no forno e feijoada. A acompanhar vinho verde produzido ali mesmo ao lado na quinta do Borralho, propriedade da família, servido engarrafado com rótulo Poço da Brecha, branco e tinto, ou em caneca.

Detalhes do restaurante. (Fotografia de Leonel de Castro/GI)

José divide o trabalho na quinta com a gestão do restaurante. “Passo a manhã nos campos aqui ao lado e a partir das 11 venho para aqui,” onde faz um pouco de tudo, desde orientar o serviço do lado de dentro do balcão até servir às mesas, sobretudo ao fim de semana, sinónimo de casa cheia. Longe dos tempos em que a mãe, Maria José, começou a tirar da mercearia algumas postas de bacalhau para assar e servir na pequena tasca da aldeia. “Era um bacalhau de alta qualidade, que chegava em fardos embrulhados em serapilheira. A cura era outra”, recorda, embora garanta que o que serve no restaurante mantém a qualidade.

A equipa do Luís do Outeirinho. (Fotografia de Leonel de Castro/GI)

As doses generosas para duas pessoas custam 18 euros. “Há homens que não se ensaiam para dar conta de uma posta, acompanhada de uma garrafa de vinho”, adverte. Estes são exceções. Enquanto se espera pelo bacalhau, chegam à mesa azeitonas e broa de milho. No final há quem termine com uma aguardente da região, não sem antes provar leite creme ou pudim.

Menu do dia: 7,50 euros
Especialidades: Bacalhau assado com batatas a murro, costeleta de vitela e feijoada
Sobremesas: Leite creme queimado, pudim e bolo de bolacha

Partilhar
Mapa da ficha ténica
Morada
Refojos, Cabeceiras de Basto
Telefone
253662823
Horário
Das 12h00 às 15h00 e das 19h30 ás 22h00. Encerra às quintas.


GPS
Latitude : 39.3999
Longitude : -8.2245




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend