Flor de Lis apresenta carta de primavera fora de portas

O Flor de Lis, restaurante do hotel Epic Sana, tem nova carta de primavera. Para apresentá-la, o chef Patrick Lefeuvre convocou a equipa para um jantar fora da sua zona de conforto. Falemos de alta cozinha que viaja – quer no sentido figurado, quer no real.

Patrick Lefeuvre não quis esperar um dia que fosse: pegando no simbolismo da data, escolheu o dia 21 de março para revelar a carta de primavera do Flor de Lis. E fê-lo fora do conforto da cozinha do restaurante de proa do Epic Sana Lisboa, trocando-a pela de uma casa como tantas outras. A de um jornalista da Evasões, nem mais.

Munido de toda a louça de sala, parafernália de cozinha e de uma equipa de mais dois cozinheiros e dois responsáveis de sala do restaurante, o chef Lefeuvre deslocou-se a território desconhecido para dar a conhecer o que há de novo na sua cozinha. E, de caminho, dar validação culinária à noção de que «um bom fadista canta em qualquer sala».

Na bagagem, a equipa do Flor de Lis trouxe um menu de degustação a seis momentos – e preparado a dois tempos, já que a parte de finalização foi feita in loco – para celebrar a estação que tarda em se afirmar. As boas-vindas, assessoradas pelo rosé Divai – marca própria do grupo Sana, produzida em Beja –, são dadas por um amuse-bouche de vieira corada sobre puré de batata-doce roxa e crocante de marisco. Começa a apresentar-se a marca do chef, ora fazendo a devida vénia às proteínas nobres, ora puxando à conversa elementos de sua lavra, coerente com o caminho que norteia o seu trabalho no Epic Sana Lisboa desde o início: matriz francesa, apontamentos das cozinhas asiáticas e da marroquina, e a vontade de chamar à mesa os produtos e o tempero do país a que chama casa vai para 19 anos.

À vieira segue-se foie gras, um elemento de que Patrick não pode abrir mão sob pena de reclamação de clientes fiéis, aqui caramelizado, ao seu lado uma pera bêbeda envolta em gel de porto e crocante de vinagre balsâmico. A lembrar o mote da primavera, rebentos de ervilha, que levantam o ânimo para o prato que vem depois e faz pensar em dias quentes junto ao mar: salmonete na salamandra, picadinho algarvio, puré de pimento piquillo, salicórnia e um xerém de amêijoa riquíssimo em sabor (cujo tacho, a pedido, acaba por ficar na mesa, prova irrefutável de exemplaridade). Depois do mar, a terra: rolinhos de cenoura com aroma de fava tonka, gnocchi de tomilho-limão e lombo charolês corado, coberto com um demi-glace de aturado trabalho, três dias consecutivos de lume, a lembrar que a paciência continua a ser uma virtude.

O desfile de vinhos segue a toada de elegância: o riesling Dócil Niepoort, favorito do chef, para o foie, Divai reserva branco com o salmonete, e para o lombo o reserva tinto, também ele uma surpresa de leveza. De sobremesa, ao lado do espumante bruto Murganheira reserva, cremoso ivoire de chocolate branco, crocante de framboesa e balsâmico, cubos de morango, financiers de pistácio e um sorvete de poejo e líchias. Fresco como uma primavera indecisa, aliciante como os dias que, espera-se, estarão ao virar da esquina. Haja paciência. A virtude, essa está à vista.

 

Veja na fotogaleria os momentos que fizeram o jantar de apresentação da nova carta. E descubra como ganhar uma experiência igual em sua casa.

 

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Mapa da ficha ténica
Morada
Avenida Eng. Duarte Pacheco, 15 (Amoreiras), Lisboa
Telefone
211597300
Horário
Das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 23h00. Não encerra.
Custo
(€€) 50 euros; menu de degustação, 5 momentos, s/ vinhos, 60 euros


GPS
Latitude : 38.724525
Longitude : -9.158506999999986

 

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