No lagar da Monterosa já mexem os preparativos para a campanha da azeitona. O olival espraia-se por 15 hectares e foi plantado para substituir um laranjal agastado pelos períodos de seca. A vantagem: trata-se de uma espécie mediterrânica que está “programada para crescer e viver durante muito tempo sem água”, explica António Duarte, responsável de vendas desta área da empresa Viveiros Monterosa.
“O ponto de partida para um azeite de qualidade é sempre a azeitona”, introduz. “No Mundo existem mais de mil variedades de oliveira. Nós trabalhamos com cinco: maçanilha, verdeal, picual, cobrançosa e frantoio. Cada uma delas tem o seu tempo próprio de apanha”. O aumento das temperaturas tem antecipado a época – que decorre entre setembro e outubro -, felizmente sem lhes comprometer a qualidade.
Depois de colhidas à mão, as azeitonas são lavadas e moídas com mós de granito, tal como os romanos faziam há dois mil anos. Da pasta é extraído e filtrado o azeite, guardado depois em cubas de aço inoxidável e engarrafado. Mais de metade da produção tem como destino a Europa, os EUA e o Japão.
Todos os azeites virgem extra têm um grau de 0,2% de acidez. “Quanto mais baixo é, mais fresco é o azeite, mais tempo dura e mais fácil é de digerir”, nota António. O Maçanilha é o mais consensual e versátil, e o Cobrançosa o mais intenso – ambos ganharam medalhas em concursos internacionais. Além de azeite, vende-se acessórios de cozinha em madeira de oliveira, sabonetes e flor de sal, entre outros.
A mais recente novidade, já disponível, são as cestas de piqueniques que permitem desfrutar das sombras do olival na companhia dos azeites da marca, de vinho local e de tábuas de queijos e enchidos, entre outros petiscos próprios do tempo quente.
Longitude : -8.2245