Do Havai para Lisboa: o lado criativo e sofisticado do poke

Do Havai para Lisboa: o lado criativo e sofisticado do poke
As taças havaianas de peixe cortado em cubos iguais, que têm crescido nos últimos tempos em popularidade, ganham agora uma roupagem mais sofisticada e menos associada à comida rápida, pelas mãos de Luís Gaspar. O Big Fish Poke é o novo reforço do Cais do Sodré, com aposta no peixe nacional.

Ao lado da porta onde se tem destacado no mundo das carnes maturadas, com o seu Sala de Corte, Luís Gaspar aprofunda agora uma aventura pelo universo do peixe, com a recente inauguração do Big Fish Poke, no Cais do Sodré. Um espaço que pretende elevar as tradicionais e saudáveis bowls de peixe havaianas, muito associadas à comida mais rápida e de rua, a um ambiente de cozinha mais sofisticada. E se os opostos se atraem, já diz o ditado, a verdade é que tanto no Sala de Corte como agora no Big Fish Poke, a missão do chef é a mesma no que toca à proteína animal: potenciar o produto nacional.

«Quis experimentar algo completamente diferente e aprender a cultura do produto. Tem sido uma lufada de ar fresco», conta Luís Gaspar, que não usa gás nesta cozinha e que termina as refeições ao balcão, à frente de quem se senta neste intimista e descontraído restaurante de cerca de 30 lugares, a fazer lembrar as tabernas japonesas.

O vitral que decora uma das fachadas, a fazer lembrar as escamas de um peixe, dá nas vistas assim que se entra no Big Fish, mas é nas propostas de Luís Gaspar que este mais brilha. O atum, o mais usado na versão tradicional, é usado aqui em três dos nove poke disponíveis. Trata-se da espécie yellowfin e está no Big Fish (que junta arroz yumenishiki, kyuri, cebola doce, cebolo, alga wakame, molho havaiano e cebola crocante), no Hybrid (que também leva salmão) e no Rainbow (que junta a estas duas espécies de peixe uma terceira, a corvina). Há ainda opções de poke com base na cavala, polvo e camarão e duas opções veganas. O Veggie Truff, onde o protagonista é o tofu biológico, e o Rocky Pineapple, com abacaxi, noodles de courgette, edamame, cebola doce, kyuri, cebolo, pimentos jalapeño, picles de gengibre e um molho picante.

Há nove variedades de poke bowls no Big Fish, duas destas veganas. (Fotografias: DR)

Salmão, atum, corvina e camarão são algumas das espécies de peixe e marisco usadas nas bowls.

 

Recorde aqui a reportagem que a Evasões fez sobre o crescimento do poke em Lisboa e no Porto

 

No novo restaurante do grupo Multifood, em parceria com a marca norte-americana Poke OG, também vale a pena descurar as atenções do poke para outras propostas. Nas entradas, destaque para a sopa miso, com dashi de cogumelos shitake, alga kombu, óleo de sésamo tostado e cogumelos enoki, e também para as vieiras braseadas com wasabi, molho de sésamo e lima kaffir. Para adoçar o interesse, importa provar a Chocolate Kilauea, que pisca o olho ao vulcão havaiano homónimo, e que é eclética nas texturas: uma mousse de chocolate 70% do Equador com wasabi, iogurte e sal negro do Havai.

A maioria dos lugares no Big Fish são ao balcão.

A sobremesa Chocolate Kilauea, que pisca o olho ao vulcão havaiano homónimo.

Para beber, vale a pena experimentar a variada carta de sakés japoneses que podem e devem ser pedidos ao copo ou à garrafa, para além das cervejas nipónicas, chás quentes e frios, vinhos nacionais e, claro está, dos cocktails com assinatura de Fernão Gonçalves, o head bartender do restaurante Pesca, que se tem destacado no mundo da mixologia. A sua versão do Mai Tai junta rum, lima, abacaxi e xarope de leite de amendoim, e o seu refrescante Shochu Yuzu Mule, uma interpretação do clássico Moscow Mule, une shochu, yuzu, lima kaffir e ginger beer. Para beber com palhinha de bambu, ou não imperasse a sustentabilidade nesta casa. Aliás, todos os dias se fazem e oferecem aos comensais snacks no início das refeições, com as sobras dos cortes de peixe perfeitos que implica o poke.

Há quatro cocktails de autor, com assinatura de Fernão Magalhães, para provar.

 

Partilhar
Partilhar
Mapa da ficha ténica
Morada
Rua da Moeda, 1G (Cais do Sodré)
Telefone
210522842
Horário
Das 12h00 às 00h00. Sexta, sábado e vésperas de feriado, até às 01h00. Não encerra.
Custo
() Preço médio: 25 euros.


GPS
Latitude : 38.7078131
Longitude : -9.147216100000037

 

Leia também:

Também a Coimbra já chegou a mania das poké bowls
O centro do Porto tem um novo paraíso de poke bowls
Poké House. Um restaurante de praia em pleno Chiado




Outros Artigos





Outros Conteúdos GMG





Send this to friend